Plataforma marítima do Ártico pode armazenar até um quarto do petróleo e do gás não descobertos do planeta.
Alamy / Legion-MediaO Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia declarou em uma nota oficial que o país reivindicou 1,2 milhão de quilômetros quadrados da plataforma marítima do Ártico, que se estende por mais de 650 quilômetros da costa.
Além da Rússia, os EUA, o Canadá, a Dinamarca e a Noruega já submeteram pedidos de territórios no Ártico. Segundo estudos, região poderia armazenar até um quarto do petróleo e do gás não descobertos do planeta.
A rivalidade por recursos naturais do Ártico vem se intensificando uma vez que o derretimento do gelo polar abre novas oportunidades para a exploração.
A Rússia foi o primeiro a apresentar um pedido em 2002, mas a ONU indeferiu a solicitação por falta de evidências. Porém, segundo o ministério, a proposta reapresentada contém novos argumentos.
“Dados científicos coletados em anos de pesquisa no Ártico foram utilizados para apoiar a reivindicação russa”, lê-se no comunicado.
Diante da notícia, representantes do Greenpeace advertiram para os riscos ambientais.
“O derretimento de gelo no Ártico está revelando uma região marítima nova e vulnerável, mas países como Rússia e Noruega querem transformá-la na próxima Arábia Saudita”, criticou o ativista Vladímir Tchuprov.
“Se não agirmos em conjunto, essa região será pontilhada por poços de petróleo e navios de pesca.”
Tchuprov pediu aos países que buscam direitos sobre o Ártico para trabalharem juntos a fim de criar um santuário protegido em torno do polo Norte.
A expectativa é que a Comissão da ONU sobre os Limites da Plataforma Continental analise a proposta russa durante o segundo semestre do ano.
Em 2007, Moscou fez uma reivindicação simbólica no fundo do mar Ártico, largando um barril com a bandeira russa no fundo do oceano a partir de um submarino.
No início deste ano, militares russos realizaram manobras no Ártico, envolvendo 38 mil oficiais, mais de 50 navios de superfície e submarinos e 110 aeronaves.
Publicado originalmente pelo jornal The Moscow Times
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