Pútin "avaliou de maneira bastante positiva o processo de normalização das relações bilaterais EUA-Cuba", segundo porta-voz. Foto: Aleksey Nikolsky / TASS
O Kremlin sinalizou positivamente para o processo de normalização das relações entre Cuba e Estados Unidos, ressaltou em coletiva o porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov.
Na última quarta-feira (1), os EUA confirmaram a prontidão de Cuba para o restabelecimento de embaixadas nas capitais dos dois países, que serão abertas já no próximo dia 20 de julho.
De acordo com Peskov, o presidente da Federação da Rússia, Vladímir Pútin, "já comentou [o assunto]. Ele avaliou de maneira bastante positiva o processo de normalização das relações bilaterais entre EUA e Cuba", disse Peskov.
No final de junho, de acordo com notícia da agência espanhola EFE, Pútin disse que Moscou está pronta a buscar um aprofundamento nas parcerias com países latino-americanos, e expressou nitidamente apoio à abertura de Cuba ao mundo e do "degelo" entre Havana e Washington.
Ainda segundo a EFE, Pútin considera que o levantamento do embargo terá um reflexo positivo para a ilha e para o resto do hemisfério. Além disso, ele refutou a suposição de que relações mais estreitas entre Havana e Washington possam levar a uma queda da influência russa em Cuba.
Deputados comentam reabertura
Para o deputado da Duma de Estado (câmara dos deputados na Rússia), Nikolai Kovaliov, a Rússia fez uma grande contribuição na normalizalão das relações entre Cuba e os EUA, sempre se apresentou categoricamente contra o embargo à república.
"Nossa contribuição é clara na normalização das relações entre Cuba e os EUA, porque sempre, repetidamente, nos mostramos contra o embargo. São métodos indignos de conduzir a luta política, são métodos indignos de coexistência. Isso não está correto, de forma alguma!", disse Kovaliov na Duma durante a apresentação de livro sobre o líder cubano Raul Castro.
Ele também ressaltou que os americanos tentam difundir a experiência do embargo cubano em diversas regiões do mundo, inclusive a Rússia.
"Nesse sentido, a inestimável experiência de Cuba na luta por sua independência nos serve de exemplo" , completou Kovaliov.
Já o líder do Partido Comunista da Federação da Rússia, Guennádi Ziuganov, aconselhou cuba a tomar cuidado com o "tubarão" dos EUA.
"O fato de que os norte-americanos abrirão uma embaixada em Havana e os cubanos, em Washington, não há dúvidas, de que seja outra coisa: é preciso ter atenção com esse 'tubarão' que durante 50 anos quis engolir Cuba e seus herois", disse Ziuganov à agência de notícias Interfax.
Com material das agências Tass, RIA Nóvosti e do portal TVC.Ru.
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