Da esq. para dir.: presidente do Senado, Renan Calheiros; presidente da Câmara, Eduardo Cunha; porta-voz da Duma, Serguêi Naríchkin; porta-voz do Conselho da Federação, Valentina Matvienko; presidente do Comitê Nacional Popular, Zhang Dejiang; presidente do Conselho Nacional das Províncias da África do Sul, Thandi Modise; e vice-presidente da Assembleia Nacional do Parlamento da África do Sul, Solomon Tseloni. Foto: Stanislav Krassílnikov/TASS
Nesta segunda-feira (8), aconteceu em Moscou o primeiro Fórum Parlamentar do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A delegação brasileira em Moscou contou com participação do presidente do Senado Federal brasileiro, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
"Um dos objetivos de nossa visita é fortalecer ainda mais os laços bilaterais com a Rússia", disse Cunha, relembrando também que, devido à persistência dos legisladores brasileiros, o parlamento do país conseguiu ratificar rapidamente o acordo para estabalecer o Novo Banco do Desenvolvimento liderado pelos Brics.
As relações bilaterais Brasil-Rússia, segundo o porta-voz da Duma (câmara dos deputados na Rússia), Serguêi Naríchkin, são marcadas pelo alto nível de confiança e compreensão mútua, e que "agora essa cooperação se encontra em ascensão".
O russo ressaltou que seu país, junto aos parceiros do Brasil, Índia, China e África do Sul "irão colocar as bases da dimensão parlamentar do grupo Brics".
"Gostaria de notar que essa iniciativa foi apresentada há muitos anos por legisladores da Câmara dos Deputados do Congresso Nacional do Brasil", disse, acrescentando que a Rússia tem em alta estima o papel do Brasil como líder informal e motor do desenvolvimento na América Latina.
Em encontro com o brasileiro Eduardo Cunha, Naríchkin disse esperar que os resultados do encontro desta segunda-feira sejam usados na cúpula do grupo em julho.
"Certamente esperamos que os resultados do fórum parlamentar do Brics de hoje sejam usados no trabalho dos líderes dos nossos países."
Mensagem do presidente
O fórum iniciou-se com uma mensagem do presidente russo,Vladímir Pútin.
"Seu fórum abre uma nova dimensão qualitativa na atuação do 'quinteto', e amplia fundamentalmente suas possibilidades, chamando ao trabalho conjunto representantes de diferentes partidos políticos, organizações sociais, círculos de especialistas", dizia a mensagem do presidente aos parlamentares dos países Brics reunidos em Moscou.
"Isso é especialmente importante, dado que muitas questões das relações internacionais contemporâneas têm um caráter complexo e exigem a união de forças de governos e da sociedade civil."
O evento ocorre um mês antes da cúpula do grupo, que será realizada em Ufá, cidade 3 mil quilômetros a leste de Moscou.
"Acredito que os parlamentares trazem uma contribuição considerável na resolução das grandes tarefas que se impõem aos Brics. Eles possibilitarão ativamente a intensificação e diversificação da contribuição entre nossos países na agenda regional e global, e o aumento da autoridade do 'quinteto' na arena mundial", disse Pútin.
Economia na balança
Durante o fórum, Naríchkin, disse que os Estados Unidos estão tentando redistribuir os mercados internacionais ao ignorar os Brics.
"Os EUA estão conduzindo negociações em acordos globais nos bastidores - nas parcerias comerciais Transpacífica e Transatlântica - sem a nossa participação e nem a de muitos outros membros da OMC (Organização Mundial de Comércio)", disse.
"As novas regras em desenvolvimento poderiam influenciar potencialmente a situação no comércio global, redistribuir e mudar o equilíbrio competitivo atual."
O parlamentar disse acreditar que a reunião parlamentar do Brics abrirá novas possibilidades para um diálogo internacional franco e ajudará a fornecer uma resposta adequada para as ameaças atuais.
"Os parlamentares dos nossos países [Brics] são a favor de fortalecer os mecanismos de cooperação existentes e, diferentemente de nossos oponentes, lembram-se das lições dadas pela história e querem preservas instituições, inclusive aquelas que foram estabelecidas após a Segunda Guerra", ressaltou.
Com material da agência Ria Nôvosti
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