“Brasil é protecionista, mas tem interesse na Rússia”

Loguinov: Setor espacial está no foco da representação comercial russa no Brasil, após rompimento com Ucrânia em Alcântara. Foto: Monique Lapa

Loguinov: Setor espacial está no foco da representação comercial russa no Brasil, após rompimento com Ucrânia em Alcântara. Foto: Monique Lapa

Chefe da câmara de comércio da Rússia no Brasil, Serguêi Loguinov afirma que país conduz política protecionista, mas está interessado em produtos russos superiores à concorrência

Rússia e Brasil desenvolverão cooperação técnico-militar, em tecnologia da informação e no setor de habitação e serviços comunitários (aquecimento, esgoto, água etc.), disse à agência Ria Nôvosti o chefe da Representação Comercial da Rússia no Brasil, Serguêi Loguinov.

Para ele, o Brasil conduz uma política protecionista, mas está interessado em produtos russos que se mostrem superiores à concorrência.

"Há a tecnologia da informação, que já teve um avanço inovador no setor de habitação e serviços comunitários, além, novamente, da questão do Glonass, que está na ordem do dia e agora recebe novo impulso, e poderá ser ajudada por nossa representação comercial no mercado brasileiro. Há interesse neles", disse Loguinov.

O setor espacial também tem boas perspectivas, segundo ele.

"Sem dúvidas, o programa espacial deles está parado. Eles tentaram desenvolvê-lo com a Ucrânia, mas agora a situação mudou um pouco. Podemos tomar esse nicho? No mínimo, eles gostariam e sempre estiveram abertos a isso. O principal acordo que precisaria ser assinado, que seria sobre a proteção de transferência de tecnologia, já foi assinado. Por isso, acredito que, no final, as portas estão abertas", disse.

Anteriormente, o vice-premiê da Federação da Rússia, Dmítri Rogózin, afirmou que o país havia proposto ao Brasil suas opções de cooperação, em decorrência do cancelamento do projeto brasileiro-ucraniano sobre uso de foguetes Cyclone, além de se mostrar pronta a colaborar no desenvolvimento do cosmódromo brasileiro.

Versão reduzida de material da agência Ria Nôvosti.

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