‘Não tenho ilusão de que conflitos são resolvidos só com palavras ou sanções’

Acordos de Minsk “não são perfeitos”, segundo ministro alemão Foto: V./ KD Busch

Acordos de Minsk “não são perfeitos”, segundo ministro alemão Foto: V./ KD Busch

Ministro das Relações Exteriores alemão criticou isolamento a longo prazo da Rússia.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, se pronunciou contra o isolamento a longo prazo da Rússia em uma entrevista ao jornal alemão “Handelsblatt”, publicada nesta quinta-feira (5). “É necessário continuar as negociações sobre a crise ucraniana”, ressaltou Steinmeier.

Para resolver o conflito na Ucrânia, é necessário “clareza nas palavras”, disse o ministro. “No entanto, nunca tive nenhuma ilusão de que os conflitos podem ser resolvidos apenas com elas [palavras] ou sanções”, disse Steinmeier. “É importante ter coragem de voltar à mesa de negociações” a fim de resolver problemas e aproveitar todas as oportunidades.

“Eu não apoio o isolamento europeu da Rússia a longo prazo”, afirmou Steinmeier. “Mesmo que a busca por uma solução política leve muitos anos ou talvez até mesmo décadas, temos de fazer todo o possível para resolver o conflito”, frisou.

Os acordos de Minsk “não são perfeitos”, assumiu o ministro. “Eu sempre disse que chegar a eles [acordos de Minsk] não seria um grande avanço. No entanto, se a retirada de armamento pesado for concluída, o cessar-fogo vingar e, de um modo geral, nós tivermos oportunidade de entregar ajuda humanitária à região, será muito melhor do que nada”, disse Steinmeier.

Em 12 de fevereiro, reuniram-se na capital bielorrussa Minsk o presidente russo Vladímir Pútin, o líder francês François Hollande, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente ucraniano Petrô Porochenko. As negociações duraram cerca de 14 horas.

Como resultado, foi adotado um pacote de medidas para a implementação dos acordos de Minsk, incluindo cessar-fogo nas regiões de Donetsk e Lugansk, retirada de armamento pesado e medidas para solução política da crise ucraniana.

 

Publicado originalmente pela agência Tass

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