Foto: AP
A investigação do caso da dona de casa Svetlana Davídova, acusada de trair a pátria, aprovou um pedido da defesa para libertá-la da prisão preventiva. Davídova estava presa desde 22 de janeiro de 2015.
Para os advogados da dona de casa, sua libertação pode estar ligada com a grande repercussão gerada pelo caso. Uma petição exigindo a libertação de Davídova já tinha mais de 40 mil signatários poucas horas depois de criada.
A história de Davídova também chamou a atenção no Kremlin. O porta-voz do presidente russo, Dmítri Peskov, comentou o caso e afirmou que o pedido de defesa de Davídova será analisado quando for recebido.
O ombudsman dos direitos da criança sob o presidente da Federação da Rússia, Pável Astákhov, colocou-se em defesa da acusada, que tem três filhos. Ele escreveu no Twitter: “A medida preventiva direcionada à mãe e acusada Davídova deve ser alterada. Independentemente da gravidade do ato cometido, essa circunstância, sozinha, não pode ser base para a detenção preventiva de uma mãe”.
Advogado do diabo (ou vice-versa?)
Davídova é acusada de trair a pátria. Segundo a acusação, ela teria telefonado para a embaixada ucraniana na Rússia e informado sobre a transferência de militares de uma unidade vizinha a sua casa para a cidade ucraniana de Donetsk. Se considerada culpada, ela poderá enfrentar uma sentença de 20 anos de prisão.
O primeiro advogado da dona de casa, designado pelo Estado, declarou à imprensa que existia base para a acusação de sua cliente. Depois disso, Davídova confessou ter ligado à embaixada ucraniana em abril de 2014 e informado sobre o deslocamento de militares.
Mais adiante, porém, a acusada negou a afirmação e rejeitou a defesa, declarando que a confissão foi dada sob coação, já que o advogado Andrêi Stebenev havia sugerido que, reconhecendo a culpa ela poderia reduzir a sentença de 20 para 12 anos.
Os novos advogados de Davídova são Ivan Pavlov e Serguêi Badamshin. Com histórico em casos polêmicos, os juristas poderão ter mais sucesso na história da dona de casa: o primeiro defendeu ao jornalista Grigóri Pasko, suspeito de espionar para o Japão, e o último, os réus do chamado “Caso da Bolôtnaia”, acusados de causar tumultos durante demonstrações contra o governo em 6 de maio de 2012.
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