Kremlin estuda meios para reforçar proteção dos correspondentes de guerra

Apelos por uma lei de imprensa mais severa vieram à tona depois de uma série de assassinatos de jornalistas Foto: AP

Apelos por uma lei de imprensa mais severa vieram à tona depois de uma série de assassinatos de jornalistas Foto: AP

Parlamento russo começou a elaborar uma lei destinada a garantir mais segurança para os profissionais de imprensa que trabalham em zonas de conflito armado.

O futuro projeto de lei contempla um seguro de vida e de saúde adicional para os funcionários enviados a áreas de combate e equipamento pessoal adequado para as condições do local, além de cartões de identidade para quem estiver em missões perigosas, conforme prescrito por protocolos adicionais à Convenção de Genebra de 1949 sobre a proteção de vítimas de conflitos armados internacionais.

“O empregador será obrigado a organizar um treinamento especial para os correspondentes que trabalham em áreas perigosas, e fornecer apoio psicológico para eles e seus familiares após o seu regresso”, declarou o Sindicato dos Jornalistas da Rússia, que participa na elaboração do projeto de lei. “Os empregadores devem ficar sujeitos a responsabilidade administrativa pelo não desempenho dessas funções.”

Os apelos por uma lei de imprensa mais dura vieram à tona depois de uma série de assassinatos de jornalistas russos que cobrem os acontecimentos na região sudeste da Ucrânia.

Entre os casos de destaque, é possível citar as mortes do cinegrafista russo Anatóli Klian, em Donetsk, no dia 30 de junho, e dos correspondentes da emissora estatal VGTRK, Igor Korneliuk e Anton Volochin, perto da cidade de Lugansk, também no mês passado.

Questões de segurança para jornalistas também vêm sendo levantadas no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) e na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

Publicado originalmente pela agência Itar-Tass

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