Presidente pede para historiadores se livrarem de ‘lixo ideológico’

Entre os temas de mais difícil abordagem na história russa, Pútin destacou o papel da URSS na história da Europa Oriental pós-guerra Foto: AP

Entre os temas de mais difícil abordagem na história russa, Pútin destacou o papel da URSS na história da Europa Oriental pós-guerra Foto: AP

Pútin deu diretrizes para elaboração de novo livro didático unificado sobre história russa.

Em reunião com os responsáveis pelo projeto, o presidente russo Vladímir Pútin reafirmou que a necessidade de criar um livro integrado sobre a história russa é evidente diante do “lixo ideológico” apresentado em livros didáticos anteriores.

Segundo o presidente,  alguns materiais escolares contêm versões absolutamente inaceitáveis não só para a Rússia e seu povo, mas para cidadãos de qualquer país. “Algumas avaliações da história da Grande Guerra Patriótica, por exemplo, são vergonhas”, disse.

“Não estou falando sobre a difamação intencional do papel do povo soviético na luta contra o fascismo. Há coisas mais sérias. Um tipo de lixo ideológico, eu diria, do qual devemos nos livrar”, acrescentou. Pútin garantiu que a iniciativa não deve ser vista como uma tentativa de introduzir uniformidade de pensamento e avaliações.

Entre os temas de mais difícil abordagem na história russa, o líder russo destacou o papel da União Soviética na história da Europa Oriental pós-guerra.

“Acredita-se que a Europa Oriental afundou nas trevas do regime stalinista após a Segunda Guerra Mundial. A ideologia soviética funcionava em parte e realmente produziu um impacto negativo sobre o desenvolvimento desses Estados. Mas se falarmos sobre consequências, quais seriam os desdobramentos nesses países se o fascismo tivesse vencido? Algumas nações teriam sido exterminadas”, destacou.

Nesse contexto, ele pediu aos historiadores russos para trabalharem em conjunto com parceiros estrangeiros. O presidente disse acreditar que um novo conceito para a história russa irá não só informar as pessoas com outras perspectivas históricas dos eventos, mas também “fará com que percebam sua responsabilidade pelo país onde vivem”.

 

Publicado originalmente pela agência de notícias ITAR-TASS

 

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