O protesto de apoio aos presos políticos realizado em Moscou no domingo passado (27) foi autorizado pelo governo de Moscou Foto: RIA Nóvosti
Segundo os organizadores da marcha, o protesto de apoio aos presos políticos foi autorizado pelo governo de Moscou pouco tempo antes do seu começo e apenas após uma demonstração da intenção dos ativistas de prosseguir com a
O protesto de apoio aos presos políticos realizado em Moscou no domingo passado (27) foi autorizado pelo governo de Moscou pouco tempo antes do seu começo e apenas depois de os ativistas demonstrarem intenção de prosseguir com o evento mesmo sem a permissão das autoridades.
Às duas horas da tarde, horário previsto para a reunião dos participantes da marcha, havia apenas 500 pessoas no centro de Moscou. Porém, quando a manifestação teve início uma hora mais tarde, o número de opositores já chegava a 5 mil pessoas.
Embora o vice-editor-chefe da rádio Eco Moskvi, Vladímir Varfolomeev, tenha parabenizado os organizadores pela reunião pacífica, o número de envolvidos é relativamente baixo quando comparado aos protestos organizados na capital russa ao longo do último ano.
Na opinião de Iliá Konstantinov, vice-diretor do Instituto de Desenvolvimento da Sociedade Civil, o movimento de protestos está diminuindo devido a um conjunto de fatores. “Primeiramente, a ausência de qualquer resultado dos esforços investidos causa desânimo e decepção”, explica o especialista. “Fora isso, a oposição se dividiu. A última marcha não contou com a presença de nenhum representante nem de esquerda nem do movimento nacionalista.”
A socióloga Olga Krichtanóvskaia também aponta para alterações no movimento em si. “O número de representantes da oposição na Rússia está diminuindo e eles estão se tornando cada vez mais velhos. Os protestos contra o governo atual já perderam a novidade, a quantidade de manifestações aumentou, mas o número de participantes está diminuindo”, diz ela, acrescentando que muitos participantes atuais são jovens extremistas sem um propósito claro.
“As perguntas que foram feitas no final de 2011 e início de 2012 ainda não foram respondidas. Portanto, as manifestações não vão deixar de acontecer, mas levantarão novas bandeiras e serão lideradas por outras pessoas. Enquanto a sociedade exige uma verdadeira democracia, o partido governante continua em silêncio", acrescenta Konstantinov.
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