Senador americano acusa Pútin de repressão e corrupção

Em seu artigo, McCain condena Pútin por se aliar com alguns dos “tiranos mais ultrajantes e ameaçadores do mundo", como Assad Foto: wikipedia.org

Em seu artigo, McCain condena Pútin por se aliar com alguns dos “tiranos mais ultrajantes e ameaçadores do mundo", como Assad Foto: wikipedia.org

O senador norte-americano John McCain respondeu publicamente ao artigo do presidente Vladímir Pútin publicado no “The New York Times” na semana passada. O texto de McCain, intitulado “Os russos merecem mais do que Pútin”, foi veiculado no site de notícias russo Pravda.ru nesta quinta-feira (19).

Em seu artigo, o senador americano insiste aos leitores que suas críticas rotineiras ao país não significam que ele seja anti-Rússia. Pelo contrário, McCain se diz “mais pró-Rússia do que o presente regime que governa mal”, acrescentando que as autoridades russas frequentemente “perpetuam o seu poder e se esquivam dos próprios casos de corrupção”.

O senador republicano passa, então, a listar os problemas com o governo de Pútin, incluindo as recentes leis envolvendo as ONGs e a violação dos direitos LGBT, além dos casos criminais contra ativistas da oposição, o sistema judiciário fraco da Rússia e as irregularidades nas eleições.

“Ele vos oferece um sistema político mantido pela corrupção e repressão, e não é forte o suficiente para tolerar a dissidência”, escreve McCain, dirigindo-se diretamente à sociedade russa.

O artigo de McCain foi motivado pelo texto opinativo de Pútin publicado pelo “The New York Times” na semana passada, em que o presidente russo alerta os EUA contra uma intervenção militar na Síria.

Em resposta a isso, McCain condena Pútin por se aliar com alguns dos “tiranos mais ultrajantes e ameaçadores do mundo”, como o presidente sírio Bashar al-Assad.

McCain também é declaradamente defensor da lei Magnítski, que proíbe autoridades russas implicadas em violações de direitos humanos de viajar para os EUA, bem como possuir bens em território americano. Em seu artigo, o senador diz que os crimes contra Serguêi Magnítski, que foi preso e morreu na prisão pouco depois de descobrir um grande esquema de corrupção, representou um crime contra todo o povo russo.

 

Publicado originalmente pelo The Moscow Times

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