Presidente da Rússia, Vladímir Pútin Foto: ITAR-TASS
No final da semana passada, o site do Kremlin anunciou que, “mantendo a tradição de mais de 10 anos”, o chefe de Estado russo estará presente no programa russo “Linha direta”, na próxima quinta-feira (25), para responder questões dos cidadãos sobre a vida sociopolítica e econômica do país.
As perguntas poderão ser feitas ao presidente pelos convidados presentes no estúdio onde será gravada o programa, bem como por pessoas que comparecerem aos espaços especialmente equipados e distribuídos por várias cidades da Rússia. Também serão respondidas as perguntas feitas por telefone, enviadas via SMS ou pelo site do “Linha direta”.
Desde o início do primeiro mandato, em 1999, Pútin se habitou a estabelecer contato direto com o público pelos canais federais de televisão. A tradição não foi interrompida nem mesmo em 2008, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro. Pelo contrário, a cada ano, as transmissões foram se tornando ainda mais longas.
A última vez que Pútin tomou essa iniciativa foi em 15 de dezembro de 2011, cinco dias após o primeiro protesto contra as fraudes nas eleições, do qual participaram milhares de pessoas em Moscou. Na ocasião, o então primeiro-ministro e candidato a presidência conversou com as cidadãos por um pouco mais de quatro horas e meia.
“O presidente nunca teve nem tem qualquer intenção de bater algum recorde”, declarou seu assessor de imprensa, Dmítri Peskov, ao jornal “Kommersant”. Fato é que a quantidade de temas e perguntas cresce de ano para ano e, por isso, aumenta também a duração do programa.
Durante as transmissões nos anos anteriores, o público levantou questões sobre as eleições parlamentares de 2011, a prisão do magnata Mikhail Khodorkóvski e o combate ao terrorismo. Porém, a grande maioria das perguntas se referia a assuntos de interesse direto da população, como pensões, salários dos funcionários públicos, situação do sistema habitacional e serviços de utilidade pública.
O chefe da Fundação Política de São Petersburgo, Mikhail Vinogradov, acredita que neste ano podem surgir dúvidas sobre a situação interna do governo, devido às desavenças entre o Kremlin e o Conselho de Ministros, além de uma avaliação formal do primeiro ano da administração Pútin.
Com informações dos veículos Kommersant e Gazeta.ru
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