Ilustração: Aleksêi Iórch
O crescimento global do PIB em 2% acima do nível atual, bem como o estímulo ao emprego e à criação de postos de trabalho serão temas principais da cúpula do G-20 em Brisbane, na Austrália, entre 15 e 16 de novembro.
O principal objetivo da Austrália para este ano é a construção de estratégias conjuntas de crescimento em quatros áreas principais de desenvolvimento de todos os países do G-20: investimentos, empregos, comércio e concorrência.
A maior parte das medidas elaboradas é nova, em comparação com aquelas que foram anunciadas no ano passado.
Também serão também discutidas medidas para a reforma da arquitetura financeira moderna, o sistema de regulação financeira e o sistema fiscal.
Os tópicos de financiamento de investimentos e de ações conjuntas para combater a evasão fiscal e a erosão da base tributária foram colocados na agenda pela primeira vez durante a presidência da Rússia.
Herança russa
Em todas essas áreas foram alcançados resultados significativos. O plano de política tributária já foi parcialmente cumprido e a mesma dinâmica se nota na troca automática de informações fiscais.
Na área da regulação financeira ainda há muito trabalho a ser feito, mas já foram alcançados resultados significativos na melhoria da estabilidade das instituições, na área de redução de riscos associados com o “shadow banking” e na transição para condições mais seguras do funcionamento do mercado de instrumentos financeiros derivados.
O trabalho conjunto já está além da regulamentação bancária. Estamos nos aproximando de um trabalho coordenado de harmonioso de nossos órgãos reguladores dos mercados financeiros.
Energia
A cúpula também será plataforma para a discussão de outras questões muito importantes. Pela primeira vez serão discutidas questões sobre energia.
Chegou a hora de refletir sobre a inadequação das instituições internacionais de energia às realidades que observamos nesse setor. O papel das economias emergentes, que hoje não são representadas nas instituições globais de energia e, consequentemente, não podem influenciar sua tomada de decisões, deve ser reforçado.
Está mudando o papel dos fornecedores e consumidores de energia tradicionais. Tudo isso se reflete no equilíbrio de poder, mas ao mesmo tempo, as instituições tradicionais atualmente não oferecem oportunidades para um diálogo de qualidade, portanto é muito bom que o G-20 tenha começado a desenvolver esse tema.
Os desafios atuais para o desenvolvimento econômico e social do mundo, como, por exemplo, a disseminação do ebola, também estarão entre os temas da cúpula.
Svetlana Lukach é a assessora governamental russa nomeada ("sherpa") na Cúpula de Brisbane
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