O principal desfile da Vitória, realizado na terça-feira (9) em Moscou, começou com um discurso conciliador do presidente Vladímir Pútin. O dia foi marcado no país por diversas celebrações relacionadas à derrota nazista na Segunda Guerra Mundial.
Em sua fala, Pútin destacou que a desunião entre as nações havia causado o conflito, mas que a vitória sobre as “forças do totalitarismo ficará para sempre na história da humanidade como o triunfo supremo da vida e da razão sobre a morte e a barbárie”.
Na sequência foram apresentados, em primeira mão, os novos equipamentos militares projetados para o Ártico: os sistemas antiaéreos Pantsir-SA e Tor-M2DT, bem como veículos de apoio concebidos para as condições no extremo norte do país.
Entre outros modelos já conhecidos estiveram no desfile vários modelos dos veículos blindados Typhoon e Tiger, equipamentos baseados na plataforma de combate Armata, obuses de autopropulsão e unidades de artilharia (incluindo os sistemas de mísseis balísticos intercontinentais Yars e Topol-M, e o complexo tático-operacional Iskander).
Este ano, 28 cidades russas realizaram desfiles da Vitória, envolvendo, no total, mais de 140 mil soldados e 2.000 veículos e equipamentos.
Por que o desfile é ‘simbólico’
O desfile da Vitória é um evento de importância nacional, diz o chefe aposentado das Forças de Mísseis Estratégicas da Rússia, coronel-general Víktor Iesin. “É ao mesmo tempo um símbolo de devoção à tradição, uma demonstração de força e uma mensagem”, acrescenta.
Segundo Iesin, a essência da parada está encapsulada nas palavras do tsar Aleksandr 3º, apelidado de “Conciliador. “A Rússia tem apenas dois aliados – o seu Exército e a sua Marinha”, explica o general.
“Isso escora o credo político da Rússia: uma potência moderna capaz de defender seus interesses, diplomática e militarmente. E é por isso que, todos os anos, esse é um desfile simbólico”, conclui Iesin.
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