O patriarca Kirill, chefe da Igreja Ortodoxa Russa, assinou no último dia 27 de setembro uma petição proposta por ativistas conservadores que pedem a proibição do aborto no país, que é permitido, em certos casos, desde 1955.
No documento, que já tem mais de 300 mil assinaturas, os ortodoxos defendem que a vida começa desde a concepção e pedem que os “cidadãos russos se pronunciem em favor de acabar com a prática de matar legalmente crianças antes do nascimento”.
Apesar de a assessoria de imprensa do Patriarcado destacar que a petição se refere apenas à exclusão de abortos dos procedimentos cobertos pelo sistema público de saúde, o apoio declarado da igreja trouxe o tema polêmico de volta à agenda nacional.
A nova ouvidora dos direitos de crianças e adolescentes na Rússia, Anna Kuznetsova, foi uma das que se uniu ao coro dos grupos que pedem a proibição.
“O mundo civilizado inteiro tem se pronunciado contra o fenômeno do aborto; apoiamos essa posição”, declarou Kuznetsova, ressaltando a importância das políticas de Estado na prevenção da prática.
A Gazeta Russa saiu às ruas de Moscou para saber como os russos receberam a notícia e o que pensam sobre uma possível proibição do aborto.
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