Mosaicos comunistas resistem à arquitetura da Rússia moderna

Interior do Museu Central das Forças Armadas, antes chamado Museu do Exército Soviético.

Interior do Museu Central das Forças Armadas, antes chamado Museu do Exército Soviético.

Legion Media
Tradição de contar histórias via arte remonta a tempos antigos e temas religiosos. No entanto, a propaganda soviética usou os mosaicos para descrever o novo homem soviético, espalhando ideias e slogans em muros de edifícios por toda a URSS.
Nas décadas de 1970 e 1980, os novos edifícios na União Soviética eram geralmente decorados com mosaicos. As escolas tinham mosaicos ostentando escoteiros perfeitos, centros esportivos exibiam medalhistas olímpicos, e as fábricas, trabalhadores felizes. Já os mosaicos em blocos de apartamentos residenciais, costumavam ser dedicados à história do comunismo e a Vladímir Lênin, descrevendo pessoas de várias idades e gêneros como os construtores do comunismo. / Cidade de Angarsk.
“A Pátria chama” foi a principal imagem da propaganda soviética durante a Segunda Guerra Mundial. No período pós-guerra, foi transformada em uma estátua gigantesca em Volgogrado, em celebração à Batalha de Stalingrado. Nesta foto, a imagem é usada com uma citação de Lênin: “Todo o poder aos sovietes, terra aos camponeses, a paz ao povo, o pão aos famintos”. / Cidade de Angarsk.
Nos tempos soviéticos, a arte de mosaico recebia financiamento generoso. Não é à toa que alguns desses murais tem até 8 andares de altura. / Soldados do Exército Vermelho, trabalhadora, médico, e soldados da Segunda Guerra em estação ferroviária na cidade de Ivanovo.
Mosaico “Nós construímos o Comunismo” em um edifício no centro de Moscou.
Ao entrar no metrô de Moscou, também se encontrar uma grande abundância de mosaicos soviéticos. Na estação Kievskaya (foto), da linha circular, há por exemplo, uma imagem de pessoas felizes com bandeiras soviéticas, um escoteiro e uma pomba simbolizando a paz. Outros mosaicos icônicos são encontrados nas estações moscovitas Mayakovskaya, Belorusskaya e Chekhovskaya.
Em São Petersburgo, as paredes da estação Electrosila (foto) exibem outra citação de Lênin: “O comunismo é o poder soviético mais a eletrificação de todo o país”.
Entre os personagens dos mosaicos estão operários, cientistas, mineiros, metalúrgicos, damas de leite e, mais tarde, cosmonautas soviéticos. / Mural em escola agrícola na aldeia de Novosinkovo.
Um grande mosaico brilhante unindo os símbolos da ciência, do conhecimento e da União Soviética ainda pode ser visto na assembleia da Universidade Estatal de Moscou. Cerimônias de graduação de estudantes são realizadas ali, assim como encontros com convidados importantes, como Hillary Clinton.
Muitas cidades russas ainda conservam salas de cinema da época soviética – e são muitas vezes chamados de “Oktiabr” (Outubro) em referência ao mês da revolução de 1917. O cinema na cidade de Bor (foto) é decorado com um mosaico gigantesco que retrata Lênin, soldados do Exército Vermelho, e os trabalhadores marchando rumo ao “futuro brilhante do comunismo”.
Mosaico de Vladímir Lênin em Sôtchi.
Mosaico na cidade de Penza retrata trabalhador lutando pelo comunismo.

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