Reunião em Pequim foi precedida por encontro bilateral entre líderes russo e chinês Foto: Press Photo
Em discurso na cúpula empresarial da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que teve início nesta segunda-feira (10), o presidente russo Vladímir Pútin declarou que a Rússia e os países da região do Círculo do Pacífico devem usar o potencial de cooperação para benefício mútuo.
“A Rússia, como parte do Círculo do Pacífico, tem a obrigação de usar as vantagens competitivas oferecidas por esse centro de crescimento rápido do potencial econômico, tecnológico e de investimento”, disse Pútin, citado pela agência de notícias Tass. “O desenvolvimento da Sibéria e do Extremo Oriente russo são também uma oportunidade única para os países da região, uma possibilidade de usar eficazmente as promessas futuras que aqui se abrem e fortalecer ainda mais o seu potencial.”
O presidente russo aproveitou para ressaltar que Moscou apoia a criação da zona de livre comércio no Círculo do Pacífico e conta com a interação desse formato com a União Econômica da Eurásia.
“Acreditamos que a conquista mais importante da presidência chinesa (na APEC) é o acordo sobre medidas concretas para a criação da futura zona de livre comércio no Círculo do Pacífico”, acrescentou Pútin.
Gás nas relações
Neste domingo (9), o líder russo se encontrou com seu homólogo chinês, Xi Jinping. Os chefes de Estado constataram a evolução positiva na cooperação bilateral entre os seus países. Durante a reunião bilateral, Pútin falou da importância da cooperação entre os países “a fim de manter o mundo sob o direito internacional, tornando-o mais estável”.
Em resultado das negociações, as partes assinaram 17 documentos, incluindo um memorando sobre o fornecimento de gás da Rússia à China através da chamada “rota ocidental” – pelos campos petrolíferos da Sibéria Ocidental.
De acordo com informações do jornal “Kommersant”, o contrato para o fornecimento por tal rota será assinado antes do final de 2015 e prevê a entrega anual de 30 bilhões de metros cúbicos de gás por 30 anos.
"Já estão definidos os prazos da construção”, esclareceu o presidente da petrolífera russa Gazprom, Aleksêi Miller, “e são exatamente os mesmos prazos que os da rota oriental, ou seja, quatro anos mais dois anos. Assim, o início de funcionamento do gasoduto, após a assinatura do contrato, é de quatro a seis anos”.
Entre os 17 documentos assinados também figuram a construção de usinas hidrelétricas no Extremo Oriente, abertura de linhas de crédito entre o Sberbank e o Banco de Exportação e Importação da China, e a parceria na construção de fábricas de produção de cimento.
Japão e Chile
No primeiro dia de sua estada em Pequim, Pútin também se reuniu com os líderes do Japão e Chile.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, elogiou, inclusive, a iniciativa do presidente russo. “Ainda bem que foram retomadas as nossas negociações do tratado de paz”, disse ele.
Já na reunião com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, foram levantadas sobretudo questões de cooperação econômica. “Estamos contando com a Rússia e com os países da União Aduaneira para a criação de uma zona de comércio livre”, afirmou Bachelet.
Com materiais das agência Ria-Nôvosti e Tass, e do jornal Kommersant
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