Comissão especial foi criada para investigar a tragédia Foto: Maksim Blinov/RIA Nóvosti
O presidente da petrolífera francesa Total, Christophe de Margerie, morreu na noite desta segunda-feira em um acidente no aeroporto de Vnúkovo. A aeronave Falcon na qual se encontrava o presidente da empresa percorria a pista de decolagem quando colidiu com um veículo limpa-neves. As quatro pessoas que seguiam a bordo do avião morreram.
De acordo com a assessoria de imprensa do aeroporto Vnúkovo, o incidente ocorreu às 23:58 (horário de Moscou). “Após a colisão, a aeronave pegou fogo. Nenhum dos quatro tripulantes conseguiu se salvar. O condutor do limpa-neves saiu ileso”, informou à Gazeta Russa o serviço de imprensa do local.
Os corpos das quatro pessoas já foram retirados do local, bem como as quatro caixas-pretas da aeronave Falcon. Segundo o Comitê de Investigação da Rússia, quatro causas poderiam ter levado à tragédia: falha dos pilotos, erro dos controladores de voo, irresponsabilidade do condutor de limpa-neves e pouca visibilidade.
“Quanto ao motorista do limpa-neve, Vladímir Martinenko, ele já foi detido por 48 horas, e a investigação pretende pedir sua prisão ao tribunal”, disse representante oficial do comitê, Vladimir Markin, à agência RIA Nóvosti.
Segundo a informação do Comitê de Investigação, o motorista do veículo limpa-neve estava sob o efeito de álcool. O advogado do suspeito, Aleksandr Karabanov, negou a informação de que seu cliente estaria bêbado.
Uma comissão especial foi criada para investigar a tragédia. O grupo, que está sob o comando do Comitê Interestatal de Aviação, vai trabalhar em parceria com especialistas franceses. A investigação não considera uma versão de assassinato encomendado.
“Os controladores de voo que supervisionavam a decolagem poderão lançar uma luz sobre o acidente. Eles estão agora sendo interrogados pelo Comitê de Investigação”, disse à Gazeta Russa o chefe do Centro de Controle do Tráfego Aéreo de Moscou, Anatóli Kulik.
O Dassault Falcon-50 é um jato de gama administrativa com três motores e grande autonomia de voo. Foi produzido entre 1976 e 2008 pela Dassault Aviation, e está atualmente em serviço nas forças aéreas da França, Itália, Irã, Marrocos, Portugal, África do Sul, Venezuela e Ucrânia.
Em 1994, os presidentes de Ruanda e Burundi morreram a bordo de um Falcon-50. Porém, na ocasião, o jato foi abatido por rebeldes.
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