Ucrânia pode ter aliança militar com os EUA, diz jornal russo

Jornais russos analisaram as ações dos Estados Unidos e suas tentativas de resistir à "nova doutrina Pútin" Foto: Getty Images/Fotobank

Jornais russos analisaram as ações dos Estados Unidos e suas tentativas de resistir à "nova doutrina Pútin" Foto: Getty Images/Fotobank

Em sua cobertura sobre a crise no leste da Ucrânia, a imprensa russa falou ainda do boicote a produtos alimentícios e eventos culturais.

O jornal "Kommersant" analisou a ação decongressistas dos Estados Unidosa favor do reconhecimento da Ucrânia como o maioraliadomilitar do país fora da Otan, o que pode expandira cooperação militar ucraniana comWashingtonno caso de uma operaçãono leste do país.

Os especialistas entrevistadospela publicação acreditam que "a Ucrânia pode contar comassistência dos EUA, o quepode implicar no envio deassessores militarese na expansãoda lista deequipamentos fornecidos" ao país. Ao mesmo tempo, os especialistascitados pelo "Kommersant" observaram que "com a concessão do status de parceiro especial a Kiev, os EUA intensificam a pressão sobre Moscou".

"A Rússiapoderá substituirqueijosucranianos pelos bielorrussosou europeus", escreveu o jornal"Vedomosti”, analisando a mensagem do Rospotrebnadzor (órgão russo de fiscalização e proteção dos direitos do consumidor) sobre restriçãotemporária ao fornecimento delaticíniosda Ucrânia ao mercado russo.

Enquantoem 2013 o Rosselkhoznadzor (órgão russo de fiscalização que, entre outros, fiscaliza a qualidade de grãos, produtos agrícolas e sua industrialização) apreendeu 37remessas de laticíniosucranianos "de má qualidade e perigosos",no primeiro semestre deste ano apreendeu 196, informou o "Vedomosti". O jornal tambémcitou oministrodePolítica Agráriae Alimentação daUcrânia,IgorSchveik, que declarou que os produtos cuja importação a Rússia proibiu ou restringiunão contêmsubstâncias proibidas.

 "Escóciae Reino Unidose recusaram aapoiar o ano de intercâmbio cultural com a Rússia", escreveu o portal "Gazeta.ru", citando mensagem dojornalHeraldScotland”. No jornal, aponta-se como razão para o boicote aos eventos do Ano da Cultura Reino Unido-Rússiatanto a "anexação daCriméia pela Rússia" quanto a situação na Ucrâniaea queda doBoeing 777na unidade federativa de Donetsk.

Com informações da rádio Ekho Moskvi, a "Nezavisimaia Gazetaescreveu sobrea discussão de diplomatas sobre as imagens de satélite quesupostamentemostramque foram feitos disparos ao território ucraniano a partir doterritório da Rússia. Segundo o Departamentode Estado dos EUA, o secretário de Estado americano,JohnKerry,não acredita no ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguèi Lavrov, que alega que armas pesadas russas nãoestão envolvidas nosacontecimentos no sudeste da Ucrânia.

Em uma reflexão sobre a capa da nova edição da revista "Time", o jornal "Novaia Gazeta" analisou as ações dos Estados Unidos e suas tentativas de resistir à "nova doutrina Pútin".

O artigo da publicação russa cita uma entrevista da “Time” com o senador do Arizona John McCain, que não acredita que a queda do avião da Malaysia Airlines na Ucrânia "vai mudar radicalmente a atitude do Ocidente para com as autoridades russas”. “De qualquer forma, os europeus não tomarão atitudes até que deixem de depender da energia russa. Ninguém aprende as lições da história, como o que aconteceu na década de 30 do século passado", continuou o senador.

O jornal observou que "os acontecimentos na Ucrânia, a começar pela Crimeia, colocaram o Ocidente ante uma escolha séria, a mais séria após a Guerra Fria, e agora tudo depende da conhecida união transatlântica", em referência à Otan. Em relação à mídia dos EUA, a reportagem diz que os europeus não estão dispostos a entrar em confronto com a Rússia tanto quanto Washington.

 

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