Os líderes discutiram, entre outros assuntos, a inclusão social com desenvolvimento sustentável Foto: Palácio do Planalto
O presidente Vladímir Pútin participou na tarde dessa quarta-feira (16) do segundo dia de reuniões da 6ª Cúpula do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), que aconteceu no Palácio do Itamaraty, em Brasília. Além dos líderes dos países integrantes do bloco, participaram como convidados mandatários de 11 nações sul-americanas, entre eles a presidente da Argentina, Cristina Kirchner e os presidentes da Bolívia, Evo Morales e da Venezuela, Nicolás Maduro.
Os 16 líderes discutiram, entre outros assuntos, a inclusão social com desenvolvimento sustentável, a criação, nessa terça-feira, do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) para o Brics e do fundo de reservas para o bloco. A imprensa, contudo, não teve acesso ao teor das reuniões.
Foto: Palácio do Planalto
Na sessão conjunta, cada líder falou de seu país e de como o novo banco pode contribuir para o desenvolvimento e integração das regiões. Ao final, a presiente Dilma Rousseff fez um brinde e destacou que considera um momento histórico a recepção dos dois blocos np Brasil. “Esse brinde se constitui na afirmação de um caminho conjunto. Uma relação de união permanente entre Brics e Unasul”, afirmou a presidente do Brasil.
Poucos líderes falaram com a imprensa ao fim do encontro. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que foi feita uma proposta de aliança de trabalho entre o banco do Sul e o banco dos Brics. Ele afirmou que irá colocar o tema no encontro da Unasul, previsto para ocorrer em Montevidéu, no Uruguai, em agosto.
Crírticas
Antes da reunião, Dilma Rousseff recebeu o primeiro ministro da Índia, Nerendra Modi, no Palácio do Planalto para um café da manhã. Na ocasião, ela rebateu as críticas da imprensa de que o Brasil teria cedido a presidência do novo banco. “Se a gente tivesse ficado com a primeira vice-presidência a imprensa estaria dizendo: o Brasil perdeu a sede. Cada país tem seu papel e isso acontecerá sistematicamente”, destacou Dilma
A presidente afirmou ainda que os países integrantes do bloco não estão abrindo mão da presença em outras instituições multilaterais após a criação do Banco do Brics. "De maneira alguma. Um dos pontos de pauta de ontem foi o problema da reforma acertada no G20 das instituições financeiras multilaterais, como o FMI (Fundo Monetário Internacional), por exemplo. Não temos o menor interesse em abrir mão do FMI. Pelo contrário. Temos interesse em democratizá-lo", disse Dilma.
O objetivo do novo banco será o financiamento de projetos de infraestrutura em países emergentes e o capital inicial será de US$ 50 bilhões, podendo chegar a US$ 100 bilhões. A sede do banco ficará na China e o primeiro presidente será indiano. O Brasil poderá indicar o primeiro presidente do Conselho de Administração. A ideia é de que o NBD comece a funcionar em 2016, inicialmente, só para os países do bloco. A próxima Cúpula do Brics está marcada para julho de 2015, na Rússia.
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