Instituições de desenvolvimento do G20 se reúnem em Roma

Vladímir Dmitriev, presidente do VneshekonombankFoto: ITAR-TASS

Vladímir Dmitriev, presidente do VneshekonombankFoto: ITAR-TASS

Na semana passada, em Roma, foi realizada a segunda reunião de diretores de instituições financeiras de desenvolvimento dos países do G20 e uma conferência dedicada ao papel dos bancos desses países no crescimento das economias nacionais e regionais. A primeira reunião foi realizada em 2013 em Moscou e foi organizada pelo banco Vneshekonombank.

Na última reunião de diretores de instituições financeiras de desenvolvimento dos países do G20, a Rússia foi representada pelo banco Vneshekonombank (VEB), a principal instituição de desenvolvimento da Rússia, criada para a realização de grandes projetos de infraestrutura.

O fórum em Roma foi organizado pela parte russa.

"No contexto da presidência da Rússia no G20, o Vneshekonombank decidiu realizar vários eventos com a participação dos representantes dos membros do G20. Por exemplo, realizamos a reunião de diretores das instituições de desenvolvimento dos países do grupo", diz Vladímir Dmitriev, presidente da instituição.

O objetivo do fórum é a discussão de problemas gerais e questões que afetam as instituições de desenvolvimento. Neste ano, em particular, os participantes da reunião discutiram as questões de cooperação entre os bancos de desenvolvimento dos países do G20, sua interação com instituições de desenvolvimento multilaterais, o papel das instituições financeiras na implementação de uma economia “verde” e a capacidade dos bancos de desenvolvimento para atrair investimentos privados a longo prazo.

Segundo Dmítriev, que também é representante da delegação russa, existe uma necessidade de redefinir as "regras do jogo" para introduzir exceções para as instituições de desenvolvimento que são controladas por órgãos diferentes (bancos centrais ou governos).

O banco Vneshekonombank é uma das instituições que financiaram os Jogos Olímpicos de Sôtchi: no total, o VEB ajudou a financiar 20 projetos, investindo US$ 6,8 bilhões.

De acordo Dmitriev, durante os últimos anos, o banco tornou-se uma instituição de desenvolvimento.

"Nossa participação no financiamento desses projetos é um bom exemplo. Quanto ao legado olímpico, a situação atual é complexa, porque o projeto é bastante complicado. Estamos procurando juntamente com outros investidores e com o governo da Rússia uma solução eficaz para o problema", diz Dmitriev.

Segundo ele, os investimentos nos objetos que não estão em boas condições ou que não conseguem atrair bancos comerciais é a principal missão dos bancos de desenvolvimento.

No futuro próximo, o governo da Rússia planeja recapitalizar o Vneshekonombank através do Fundo Nacional de Previdência, um depósito especial de reservas criado na Rússia para situações de emergência, como a queda dos preços do petróleo.

"Se trata de um índice de adequação de capital que agora é de 10%. No entanto, esperamos que no futuro o índice alcance 13%, o que aumentará a estabilidade financeira do nosso banco", diz Dmitriev. De acordo com o presidente do VEB, em qualquer caso, isso não é o dinheiro "real", mas uma conversão de um tipo de passivo a outro.

A questão das sanções

Embora a questão das sanções contra a Rússia não estivesse na agenda oficial do fórum, os participantes discutiram as suas consequências. De acordo com Dmitriev, durante os últimos últimos meses, as relações políticas e as condições de empréstimos para os bancos russos pioraram significativamente.

"Nossos parceiros entendem perfeitamente que o regime das sanções é uma faca de dois gumes. Por um lado eles querem punir a Rússia, mas, por outro lado, as sanções afetam igualmente empresas nacionais dos países europeus. Em primeiro lugar, isso afeta os países que cooperam com a Rússia na economia, no comércio e em investimentos ", completou Dmitriev.

 

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