Ações ativas e concertadas do Exército ucraniano permitirão concluir a parte militar da operação em um mês Foto: ITAR-TASS
O jornal “Izvéstia” descreve a operação especial em Donetsk e Lugansk aprovada pelo presidente ucraniano Petrô Porochenko, que prevê o cerco das cidades centrais das repúblicas populares. “O desenvolvimento das hostilidades”, publicou o “Izvéstia”, “decorre no pano de fundo das declarações de Porochenko sobre a prontidão para uma solução pacífica e também dos constantes apelos da Rússia e do Ocidente para os militares ucranianos cessarem fogo”.
Segundo um especialista entrevistado pelo jornal, isso contradiz na essência não só os princípios humanitários internacionais, mas também as “promessas que a liderança ucraniana fez nos palcos internacionais, nomeadamente na recente reunião de Berlim”. Além disso, se a operação punitiva no sudeste da Ucrânia não parar, “as milícias não se sentarão à nenhuma mesa de conversações”. O “Izvéstia” sugere a reunião de representantes da Rússia, Ucrânia e outros países para discutirem maneiras de sair da crise que, finalmente, “obriguem o governo de Kiev a parar a operação punitiva, e não apenas com palavras”.
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O jornal “Nezavisimaia Gazeta” também publicou uma matéria sobre as mudanças de tática de Porochenko no leste da Ucrânia: “uma operação antiterrorista, policial ou militarmente combinada”. De acordo com a publicação, ao aprovar um novo plano secreto de atuação do Exército ucraniano, pode estar se preparando para o golpe decisivo sobre as milícias.
Um cientista político entrevistado pelo jornal sugeriu que ações ativas e concertadas do Exército ucraniano permitirão concluir a parte militar da operação em um mês; no entanto, isso “não resolverá o problema se não forem iniciadas simultaneamente negociações políticas”. “Promessas bonitas são difíceis de colocar em prática: as trocas constantes de tiros e as explosões não permitem aos cidadãos sair com segurança da área da operação antiterrorista”, escreve o veículo.
Citando as palavras do prefeito de Donetsk, Aleksandr Lukiantchenko, o “Nezavisimaia Gazeta” informa que 900 mil pessoas se encontram atualmente na cidade e que evacuar todo mundo é simplesmente “impossível e não há lugar para onde ir”.
Segundo o jornal, Kiev não acredita na possibilidade de se chegar a um acordo pacífico, uma vez que “não reconhece a independência das repúblicas populares e não aceita sequer a ideia da federalização”. No pano de fundo da aparente falta de vontade de qualquer uma das partes em ceder, os apelos para cessar as hostilidades e iniciar conversações são cada vez maiores. “Em Kiev nota-se que a Rússia passou a apoiar ativamente a Alemanha e a França.”
Confira o texto na íntegra aqui (em russo)
O jornal “Rossiyskaya Gazeta” informa que as autoridades da República Popular de Donetsk declararam lei marcial em três regiões de Donbass que fazem fronteira com os locais de implantação das unidades do Exército ucraniano. De acordo com a publicação, ela não será aplicada em todo o território de Donetsk para não criar problemas à população civil. Além disso, nas áreas controladas pelas milícias serão criados comandos militares.
O anúncio da medida foi feito pelo ministro da Defesa da República Popular de Donetsk, Igor Strelkov, justificando que as milícias não querem que “pessoas para quem esta terra não é mais do que um objeto de jogos políticos e fonte de várias forças de especulação, pessoas que estão sob controle externo e que praticamente não escondem isso, venham impor os seus pontos de vista”. “É contra isso que lutamos e continuaremos a lutar”, salientou Strelkov. De acordo com o jornal “Rossiyskaya Gazeta”, a República Popular de Donetsk irá criar um exército por contrato.
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