Cessar-fogo em Donbass foi praticamente ignorado pelas forças de segurança ucranianas e pelas milícias Foto: RIA Nóvosti
O jornal “Vzgliad” publicou um texto sobre o cessar-fogo em Donbass, que foi praticamente ignorado pelas forças de segurança ucranianas e pelas milícias, e está oficialmente encerrado. O presidente ucraniano, Petrô Porochenko, anunciou a passagem ao “plano B”, prometendo “um novo tipo de guerra”.
Citando fontes oficiais, a publicação descreve a retomada das hostilidades na região da fronteira russo-ucraniana. Algumas horas após a suspensão do cessar-fogo, a Guarda Nacional já empreendia combates perto de postos de controle da região de Lugansk, e os guardas fronteiriços russos tiveram que se retirar para uma distância segura.
Antes do fechamento dos postos de controle, os oficiais de fronteira e alfândega russos deixaram entrar no território da Rússia todos os refugiados que se encontravam ali. “Depois do encerramento desses corredores humanitários, através dos quais passaram da Ucrânia para a Rússia cerca de 90% dos refugiados, eles deixam agora de ter essa possibilidade, as mulheres e crianças já não têm para onde ir”, disse o chefe do serviço federal russo de alfândega, Andrêi Belianinov. “Agora estão acontecendo confrontos, lá e eles não vão deixar passar mais ninguém. Sendo realista, entre 5 a 7 milhões de pessoas se encontram atualmente cercadas na região sudeste do país.”
Leia a reportagem completa aqui (em russo).
A capa do jornal “Rossiyskaya Gazeta” estampou uma matéria sobre a iniciativa do presidente russo Vladímir Pútin em colocar observadores da OSCE e representantes do serviço de fronteiras da Ucrânia nos postos de controle russos.
“Pútin propôs que nesses postos de controle sejam colocados, no lado russo, representantes do serviço de fronteiras da Ucrânia na qualidade de observadores para efetuarem um controle conjunto da fronteira. Com essa mesma finalidade, foi proposta também a inclusão de observadores da OSCE”, disse o chanceler russo Serguêi Lavrov, citado pela publicação.
De acordo com o ministro, desse modo seria possível levantar informações de como esses pontos de controle estão sendo utilizados e através dos quais refugiados continuam passando para o território russo, fugindo dos confrontos armados e do derramamento de sangue.
Confira mais detalhes no site do jornal “Rossiyskaya Gazeta” (em russo).
O jornal “Izvéstia” publicou um artigo do vice-chanceler da Rússia, Vassíli Nebénzia, dedicado às consequências econômicas da assinatura do Acordo de Associação entre a Ucrânia e a UE.
“O resultado da aplicação das disposições do Acordo de Associação por parte da Ucrânia levará inevitavelmente a uma diminuição significativa do volume de cooperação econômica bilateral com a Rússia, que sempre foi o parceiro comercial número um de Kiev. Em 2013, 24% das exportações da Ucrânia tiveram como destino o nosso país”, escreve o diplomata. Segundo ele, a cooperação entre Bruxelas e Kiev poderia perfeitamente ter se desenvolvido com sucesso com base nos princípios da clássica zona de livre comércio, “sem condições onerosas para a Ucrânia”.
Nebénzia culpa a UE pelos atuais problemas do país vizinho. Em sua opinião, o bloco europeu prefere, em vez da aproximação e harmonização das condições econômicas no continente, “a criação de novas linhas divisórias e o envolvimento aberto dos nossos vizinhos comuns na área de sua influência econômica e política, sem levar em conta os interesses da Rússia e dos outros países da CEI”.
Clique aqui para acesso o artigo na íntegra (em russo).
O jornal “Nezavisimaia Gazeta” continua monitorando a elaboração do projeto de reforma constitucional da Rada Suprema (Parlamento da Ucrânia). A publicação diz que a principal crítica ao atual projeto advém dos procedimentos pouco transparentes de preparação das alterações à Constituição.
O veículo também cita os debates acalorados em torno do conteúdo das propostas presidenciais e que a única questão que, por enquanto, não levantou polêmica em Kiev foi a necessidade de descentralização do poder, bem como a rejeição da ideia de federalização.
Além disso, o “Nezavisimaia Gazeta” relembra que o projeto presidencial de alteração à Constituição não passou pelo procedimento formal de audiências públicas e foi publicado de modo não oficial na internet, o que causou “desconfianças e críticas”.
Confira a reportagem completa (em russo) aqui.
O portal Gazeta.ru publicou um artigo no qual afirma que, após uma série de assassinatos e prisões de jornalistas no leste da Ucrânia, as autoproclamadas repúblicas populares convidaram a organização “Repórteres Sem Fronteiras” para a região. De acordo com a publicação, a respectiva carta foi enviada à organização pelo líder da “Frente Popular da Novorossia”, Aleksander Zintchenko.
De acordo com o Gazeta.ru, os representantes das repúblicas dizem que “as ONGs internacionais reagem de modo inaceitavelmente calmo e reservado à situação escandalosa que está se desenvolvendo no campo da liberdade de expressão na Ucrânia”. “Nós gostaríamos de chamar a atenção dessa respeitável organização para as violações massivas e sistemáticas dos direitos dos jornalistas por parte das novas autoridades ucranianas, que se convencionou chamar de democráticas”, lê-se na carta.
Mais informações (em russo) em http://www.gazeta.ru/politics/2014/06/30_a_6091981.shtml
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