O que diz a imprensa russa sobre os tumultos no sudeste da Ucrânia e em Odessa

Membro da delegação dos observadores militares da OSCE libertado Aksel Chnaider responde às perguntas dos jornalistas em Slaviansk Foto: RIA Nóvosti

Membro da delegação dos observadores militares da OSCE libertado Aksel Chnaider responde às perguntas dos jornalistas em Slaviansk Foto: RIA Nóvosti

No sudeste da Ucrânia continuam os conflitos entre os partidários da federalização do país e as Forças Armadas. A situação se agravou depois da tragédia de 2 de maio na cidade de Odessa, onde 36 opositores do atual governo foram mortos em um incêndio causado por tumultos na Casa dos Sindicatos. A Gazeta Russa compilou notícias sobre os acontecimentos recentes.

Izvéstia http://izvestia.ru

“Declaramos luto oficial nos dias 3, 4 e 5 de maio de 2014”, anunciava um comunicado no site da Câmara Municipal de Odessa, logo após os acontecimentos trágicos de 2 de maio. Pelas recentes notícias, os confrontos na cidade já mataram mais de 40 pessoas. Durante o incêndio na Casa dos Sindicatos, os partidários radicais do Setor de Direita bloquearam as saídas de emergência. Em resultado disso, 174 pessoas estão internadas nos hospitais de Odessa, 25 delas em estado grave.

Em memória dos que morreram na sexta-feira em Odessa, Kramatorsk e Slaviansk, os moradores de Moscou levaram flores e acenderam velas em frente à Embaixada da Ucrânia. O Conselho da Federação (senado russo) convocou a criação de uma comissão internacional para investigar os acontecimentos em Odessa.

Kommersant http://www.kommersant.ru

O vice-chefe da administração presidencial, Andrêi Senchenko, não descarta a possibilidade de prisão dos chefes da polícia que ajudaram a organizar as ações em Odessa. “Nós investigaremos todos os ramos do governo, todos os níveis do governos, aquelas pessoas que participaram dos eventos em Odessa e aquelas que não tomaram decisões corretas a tempo para impedir a tragédia”, afirmou Senchenko ao Canal 5.

Agência de notícias Interfax http://www.interfax-russia.ru

“O presidente Vladímir Pútin expressou suas condolências aos familiares dos mortos no incêndio em Odessa e deseja uma rápida recuperação para aqueles que sofreram nessa ação”, disse o assessor de imprensa do presidente, Dmítri Peskov, nesta sábado (3). “Infelizmente não podemos expressar nossas condolências oficiais a Kiev, pois não existe poder oficial em Kiev.”

Komsomolskaya Pravda http://www.kp.ru

Em Slaviansk, a situação está piorando. Há troca de tiros na periferia da cidade. Testemunhas relatam que são tiros de artilharia.

Moradores estão se preparando para um ataque por parte do Exército ucraniano. Eles também estão preocupados com o abastecimento de alimentos na cidade e tentam estocar comida para o futuro. As filas são grandes nos supermercados e, em alguns deles, os produtos já se esgotaram, sobretudo pão.

Os postos de controle ao redor de Slaviansk estão guarnecidos por partidários da federalização.

Ativistas sugerem que a expulsão de observadores militares estrangeiros pode acelerar o ataque, já que as autoridades de Kiev os veem como reféns.

RBC http://top.rbc.ru

O chanceler russo, Serguêi Lavrov, pediu para que se evite um novo ataque a Slaviansk, depois que os observadores da OSCE deixarem a cidade. Durante a conversa por telefone com o seu homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, o ministro russo expressou preocupação com os relatos de que o Exército ucraniano, com o apoio do movimento nacionalista Setor de Direita, iriam atacar um número de cidades no sudeste da Ucrânia, incluindo Slaviansk.

Lavrov disse ainda que a saída dos observadores europeus não deve ser vista como um sinal para um novo ataque e mais derramamento de sangue, como perpetrados em Odessa.

Steinmeier expressão gratidão ao lado russo por promover a missão especial do representante do presidente russo, Vladímir Lukin, na liberação dos oficiais europeus.

Ria Nóvosti http://ria.ru

As milícias de autodefesa de Kramatorsk estão localizadas apenas na parte central da cidade, o resto da cidade já está ocupado por forças comandadas por Kiev, informou à RIA Nóvosti um dos líderes da milícia de Kramatorsk chamado Ivan.
O tiroteio cessou, mas a milícia estaria se preparando para outro ataque em suas posições. Segundo Ivan, nos últimos dias morreu apenas uma pessoa entre os apoiantes de Kiev.

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