Segundo responsáveis, mapas da “National Geographic” representam “o mundo como ele é, não como as pessoas gostariam que fosse”
Após o presidente russo Vladímir Pútin e os líderes da Crimeia assinarem um tratado sobre a adesão da Crimeia à Rússia, a cúpula editorial, cartográfica e jurídica da revista americana reuniu-se nesta terça-feira (18) para discutir formas de representar o status político da península.
Juan Jose Valdez, geógrafo da empresa, justificou à revista “US News & World Report” que os mapas da “National Geographic” representam “o mundo como ele é, não como as pessoas gostariam que fosse.”
“Como se pode perceber, às vezes nossos mapas não são recebidas de forma positiva por alguns indivíduos que querem ver o mundo de uma forma diferente”, disse Valdez.
Os cartógrafos da “National Geographic” decidiram indicar temporariamente a Crimeia em mapas como sendo um território ucraniano, porém com sombreamento para ressaltar seu estatuto especial. Os territórios contestados da Faixa de Gaza e na Cisjordânia são mostrados de modo semelhante.
“Após a ratificação do tratado de reunificação pelo Parlamento russo, planejamos incluir a região como parte da Rússia”, acrescentou. O tratado de reunificação deve ser aprovado pelo Tribunal Constitucional da Rússia e ratificado pelo Parlamento no final desta semana.
A Crimeia, que era anteriormente uma república autônoma dentro da Ucrânia, recusou-se a reconhecer a legitimidade do novo governo em Kiev. As autoridades locais buscaram, então, a reunificação com a Rússia. O movimento deu origem ao confronto geopolítico mais grave entre a Rússia e o Ocidente desde o fim da Guerra Fria.
Publicado originalmente pelo The Moscow Times
Todos os direitos reservados por Rossiyskaya Gazeta.
Assine
a nossa newsletter!
Receba em seu e-mail as principais notícias da Rússia na newsletter: