Preocupação da Rússia é causada pela disposição agressiva dos oponentes do presidente Ianukovitch Foto: Photoshot/Vostock Photo
“Os militantes não foram desarmados, recusam-se a deixar os prédios administrativos e as ruas das cidades, que, de fato, continuam controlando com atos de violência”, descreve o comunicado oficial emitido pela diplomacia Rússia sobre a situação instável no país vizinho, mesmo após a assinatura do acordo de paz na última sexta-feira (21).
As autoridades russas alegam que vários políticos europeus apoiaram a declaração de realização de eleições presidenciais na Ucrânia em maio passado, e não depois do término da reforma constitucional, conforme previsto no acordo recente. “Para o sucesso dessa reforma, é preciso que dela participem todas as forças políticas da Ucrânia e todas as regiões do país, e o seu resultado deve ser levado à referendo popular”, sublinha o ministério.
Moscou também questionou a legitimidade das últimas decisões do parlamento ucraniano e lembrou os políticos de Kiev sobre a necessidade de ouvir a opinião das regiões de Crimeia e Sebastopol, onde a população de língua russa é predominante e há muitos partidários do presidente deposto Víktor Ianukovitch.
“Apoiados puramente no oportunismo revolucionário, lá se carimbam ‘decisões’ e ‘leis’, inclusive as que visam violar os direitos humanos dos russos e de outras minorias nacionais, que moram na Ucrânia”, continua o documento produzido pela diplomacia russa.
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Conflito à esquerda, saída à direitaA preocupação da Rússia é causada pela disposição agressiva dos oponentes do presidente Ianukovitch. “O curso da situação está tomado para suprimir as dissidências em varias regiões da Ucrânia por métodos ditatoriais e, por vezes, terroristas”, alerta o ministério, ao citar que o desenrolar dos fatos “gera ameaça à paz civil, estabilidade e segurança dos cidadãos”.
Por fim, o documento condena a posição de alguns países ocidentais em relação ao futuro da Ucrânia, que, movidos por um desejo unilateral, querem promover mudanças de poder sob o pretexto do acordo de 21 de fevereiro. O Kremlin apela para que “busquem um consenso geral ucraniano, segundo os interesses da reconciliação nacional”.
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