Paul McCartney pede para Pútin libertar ativistas do Greenpeace

Em carta destinada a Pútin, McCartney alegou que protesto não foi motivado por sentimento antirrusso Foto: wikipedia.org

Em carta destinada a Pútin, McCartney alegou que protesto não foi motivado por sentimento antirrusso Foto: wikipedia.org

Em carta publicada em seu site oficial, o cantor pediu ao presidente russo para devolver os 28 ativistas, incluindo a brasileira Ana Paula Maciel, e os dois jornalistas a suas famílias.

O músico britânico Paul McCartney fez um apelo ao presidente russo Vladímir Pútin para libertar os ativistas do Greenpeace presos depois de realizarem um protesto contra a exploração de petróleo no Ártico.

 “Vladímir, milhões de pessoas em dezenas de países ficariam muito agradecidas se você intervisse para pôr fim a este caso”, escreveu McCartney.

O grupo do Greenpeace foi transferido na semana passada para três centros de detenção distintos em São Petersburgo, depois de passarem quase dois meses presos na cidade portuária de Murmansk.

Eles foram detidos em setembro, após tentarem escalar a plataforma de petróleo de uma filial da gigante estatal Gazprom. Todos os 30 tripulantes foram originalmente acusados de pirataria; mais tarde, passaram a ser julgados por vandalismo. Esse tipo de acusação na Rússia pode render até sete anos de prisão.

McCartney, ativista declarado dos direitos dos animais, disse que, além de pacífico, o protesto não foi motivado por sentimento antirrusso.

O cantor citou o hit “Back in the USSR”, lançado pelos Beatles em 1968, em seu pedido de clemência pelos ativistas do Greenpeace.

“Estive longe por tanto tempo que mal conhecia meu lugar; como é bom estar de volta em casa”, escreveu McCartney. “Você pode fazer isso se tornar realidade para os prisioneiros do Greenpeace?”

McCartney disse ainda que aguarda uma resposta do líder russo. O porta-voz de Pútin, Dmítri Peskov, declarou à agência de notícias RIA Nóvosti que o Kremlin não recebeu carta alguma.

Um tribunal ordenou que o grupo do Greenpeace permaneça em custódia, enquanto espera a próxima audiência no dia 24 de novembro.

 

Publicado originalmente pelo The Moscow News

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