A notícia de que diplomatas estrangeiros, incluindo russos, foram investigados, surgiu na imprensa brasileira tendo como pano de fundo o escândalo da espionagem denunciado pelo ex-funcionário da CIA, Edward Snowden Foto: Reuters
A notícia de que o governo brasileiro monitorou diplomatas de três países estrangeiros, incluindo o cônsul-geral da Federação da Rússia no Rio de Janeiro, Anatóli Kachuba, e oficiais russos envolvidos nas negociações de equipamentos militares, foi apresentada pelo jornal “Folha de S.Paulo” no último dia 4.
De acordo com a “Folha”, um relatório produzido pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), descreve dez operações secretas conduzidas pelo principal braço de espionagem do governo brasileiro entre 2003 e 2004. Irã e EUA também estão entre os países cujos diplomatas foram vigiados.
O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, ao qual a Abin está subordinada, confirmou a execução das operações e alegou ter atuado dentro dos termos legais. O objetivo das operações, segundo o governo brasileiro, era proteger segredos de interesse do Estado brasileiro.
Pós-Snowden
A notícia de que diplomatas estrangeiros, incluindo russos, foram investigados, surgiu na imprensa brasileira tendo como pano de fundo o escândalo da espionagem denunciado pelo ex-funcionário da CIA, Edward Snowden. A informação divulgada por Snowden de que a CIA teve acesso a conversações e correspondência eletrônica da presidente Dilma Rousseff, esfriou as relações Brasil-EUA.
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