O vice-ministro dos negócios estrangeiros da Rússia, Aleksêi Mechkov Foto: ITAR-TASS
O principal objetivo da reforma da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) atualmente deve ser o reencaminhamento de suas atividades, a preparação de uma visão estratégica atualizada de missões de segurança comuns e o desenvolvimento da cooperação.
Essa é a opinião do vice-ministro dos negócios estrangeiros da Rússia, Aleksêi Mechkov, que concedeu entrevista à RIA Nóvosti.
"Apoiamos essa iniciativa porque acreditamos que a OSCE realmente precisa da renovação e do reencaminhamento das suas funções e de seus métodos de trabalho", disse Mechkov. De acordo com ele, o processo 'Helsinki+40', nomeado em honra do próximo aniversário da organização, abre um grande número de possibilidades para reforçar o papel da instituição nos assuntos internacionais e ganhar autoridade.
A Osce (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) é uma organização de países do Ocidente voltada para a promoção da democracia e do liberalismo econômico na Europa. A Osce teve origem na Csce (Conferência sobre a Segurança e a Cooperação na Europa), realizada em Helsinque em 1975. Atualmente, é formada por 57 países membros. Entre eles, 28 países da União Europeia, a Rússia, os EUA, Canadá, Turquia, entre outros. É reconhecida como organismo regional conforme o Capítulo 8º da Carta das Nações Unidas.
Segundo Mechkov, é importante regular o processo de observação eleitoral, que deve ser realizado com os mesmos critérios em todos os países membros da organização. "Os observadores devem trabalhar em todos os países da OSCE. No entanto, o monitoramento é realizado principalmente apenas nos países localizados ‘a leste de Viena’. Por exemplo, no caso de Azerbaijão e Tadjiquistão, centenas de pessoas participam das missões de observação. Em comparação, apenas dois especialistas observaram as últimas eleições parlamentares de 22 de setembro na Alemanha", diz Mechkov.
Outra questão importante da política russa na Europa é a introdução de um regime de isenção de vistos com a União Europeia. O diplomata sublinhou que o momento é crucial, quando as intenções da União Europeia estão passando por um teste severo. Segundo Mechkov, Moscou pretende começar a elaborar o acordo de isenção de vistos durante a próxima reunião entre a Rússia e a União Europeia, que será realizada em dezembro de 2014. “Isso é uma boa oportunidade para marcar os seguintes passos no estabelecimento de um regime de isenção de vistos para viagens de curta duração entre a Rússia e a União Europeia”, declarou o diplomata.
Mechkov também explicou a posição da Rússia em relação aos problemas de Kosovo e Chipre. Ele declarou que a Rússia aprovará qualquer resolução da questão do Kosovo. "O governo sérvio não reconhece a independência proclamada unilateralmente pelo Kosovo. Agora cabe a Belgrado definir as futuras relações com Pristina. Aceitaremos qualquer decisão tomada pelas duas partes", disse ele.
Além disso, o vice-ministro disse que as tentativas de pressionar as partes envolvidas no conflito do Chipre são contraproducentes.
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