Grupo arrecada US$ 50 mil para defesa jurídica de Snowden

Grupo afirma ser “o único fundo endossado por Edward Snowden e WikiLeaks” Foto: Reuters

Grupo afirma ser “o único fundo endossado por Edward Snowden e WikiLeaks” Foto: Reuters

Um grupo misterioso ligado ao WikiLeaks arrecadou quase US$ 50 mil para o apoio jurídico de Edward Snowden, ex-funcionário da CIA que divulgou informações sobre um programa de espionagem dos EUA. Também foi lançado um site para ampliar a consciência pública sobre as operações de vigilância em massa.

O grupo, que se autodenomina Fundo de Defesa e Proteção da Fonte Jornalística, começou a captar recursos em agosto e já acumulou US$ 25 mil de mais de 500 colaboradores on-line, além do equivalente a US$ 24 mil em moeda digital bitcoin. As opções de contribuir com cheque e transferência bancária contribuíram para atrair fundos adicionais.

Quem exatamente está por trás da organização continua a ser um enigma, embora o grupo tenha afirmado ser “o único fundo endossado por Edward Snowden e WikiLeaks”.

O fundo é administrado pela empresa de contabilidade Derek Roth era & Company, a mesma empresa com sede em Londres que lida com um fundo separado para a defesa jurídica do fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Além de angariar apoio financeiro para a defesa de Snowden, o grupo pretende “chamar a atenção para questões levantadas por suas denúncias e apoiar sua vontade de reformá-las”, de acordo com um comunicado no site oficial.

O site oferece vasta informação sobre as declarações de Snowden e o caminho que o levou ao asilo temporário na Rússia. Também apresenta uma lista de eventos importantes, petições e maneiras para os usuários protegerem sua privacidade on-line.

“Esperamos apoiar mais fontes jornalísticas e denunciantes no futuro, e pretendemos crescer à medida que mais fontes jornalísticas forem nomeadas como beneficiárias”, diz o site.

Snowden é acusado de roubo de propriedade do governo dos EUA e espionagem por vazar documentos que detalhavam os programas de vigilância em massa conduzidos pela Agência de Segurança Nacional. Se condenado, ele pode pegar até 30 anos de prisão.

 

Publicado originalmente pelo The Moscow Times

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