G20: Rússia defende solução pacífica para o conflito sírio

Manifestantes ao redor do mundo vêm pedindo aos líderes mundiais para resolverem a crise síria de forma pacífica Foto: AP

Manifestantes ao redor do mundo vêm pedindo aos líderes mundiais para resolverem a crise síria de forma pacífica Foto: AP

Porta-voz do Kremlin comentou sobre carta enviada pelo papa a Pútin para abandonar a ideia de uma solução militar. Especialistas presentes na cúpula G20 reiteraram a importância de adversários sentarem à mesa de negociações.

A Rússia insiste em negociações pacíficas da crise síria, disse o porta-voz do Kremlin, Dmítri Peskov, aos jornalistas na cúpula do G20, comentando sobre a carta do papa Francisco a Vladímir Pútin para deixar de lado a “inútil busca” por uma solução militar.

O porta-voz do pontífice, Federico Lombardi, disse nesta quinta-feira (5) que o papa havia enviado uma carta a Pútin, reiterando sua forte oposição a qualquer intervenção militar no país, com a justificativa de que “conflitos armados (...) criam divisões e feridas profundas que levam muitos anos para cicatrizar”.

Peskov disse que não tinha visto a carta ainda, mas se “o papa pediu para Pútin prosseguir com uma solução pacífica para o conflito sírio, posso garantir que vamos dar sequência a esses esforços”.

A cúpula do G20, realizada em São Petersburgo nos dias 5 e 6 de setembro, não incluiu oficialmente a crise síria em sua agenda, mas o assunto domina a maioria das reuniões bilaterais.

Especialistas internacionais que participam da cúpula acreditam que a única esperança para resolver o conflito é de os chefes de Estado concordarem em estabelecer conversações pacíficas com o intuito de intensificar as negociações.

“A melhor coisa que podemos esperar é que haja um esforço mais concentrado para realizar uma conferência de paz e tentar resolver a crise”, disse Alan Alexandroff, chefe do Projeto Global de Cúpulas da Universidade Toronto.

David Shorr, especialista em governança global e representante do programa da Fundação Stanley, também vê a cúpula do G20 como um local para “aproximar dois adversários para mesa de debates e achar um ponto em comum”.

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