O chanceler russo garantiu que a ONU não perdeu as esperanças de realizar a chamada Genebra-2 Foto: RIA Nóvosti
Durante uma coletiva de imprensa após a reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na última quinta-feira (8), o chanceler russo Serguêi Lavrov disse que as Nações Unidas não abandonaram as tentativas de convocar uma segunda conferência internacional sobre a Síria, já que a guerra civil na região contribui para o reforço dos terroristas.
O encontro dos diplomatas girou em torno de uma série de questões, entre as quais o papel da ONU no Afeganistão depois da retirada das tropas da Otan em 2014, o processo de paz no Oriente Médio e a situação no Egito.
“Em princípio, nossas posições coincidem. Por exemplo, somos favoráveis aos esforços do secretário-geral para a Síria e o processo de paz palestino-israelense. Além disso, esperamos contar com a ajuda da ONU na solução do problema nuclear iraniano”, disse Lavrov.
O chanceler russo garantiu que a ONU não perdeu as esperanças de realizar a chamada Genebra-2, mas “o resultado só poderá ser obtido se todos jogarem o mesmo jogo”. Segundo ele, a Rússia cumpriu suas obrigações, e o regime sírio se declarou disposto a enviar sua delegação sem condições prévias.
Moscou e Washington já haviam combinado que a oposição síria seria contatada pelos EUA, pois ambos temem que o adiamento da conferência possa ter consequências graves para a Síria e toda a região. No entanto, apesar de todos os esforços americanos, os opositores não se mostraram dispostos a sentar à mesa de negociações.
“Quanto mais protelarmos a resolução, maior é a ameaça de atos terroristas. Os grupos radicais superam cada vez mais o chamado Exército Livre da Síria. Essa é uma ameaça comum tanto para aqueles que apoiam o atual governo da Síria, quanto para aqueles que defendem a renúncia do atual regime sírio e querem que a Síria seja um país multirreligioso”, acrescentou Lavrov.
De acordo com o comunicado de Genebra aprovado no ano passado, o governo e a oposição devem alcançar a reconciliação nacional, bem como criar uma autoridade de transição destinada a preparar as eleições e a elaborar um projeto da nova constituição do país.
Publicado originalmente pelo Kommersant
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