Ao longo dos últimos meses, foram realizados vários protestos pela defesa dos direitos humanos na Rússia Foto: RIA Nóvosti / Andrei Stênin
O Departamento de Estado dos EUA emitiu uma declaração em memória dos jornalistas Natalia Estemirova e Paul Klebnikov, cujos assassinos nunca foram levados à justiça russa.
“Honramos a memória de Estemirova e Klebnikov, clamando pelo fim da impunidade em relação aos abusos no Cáucaso do Norte e em outros lugares na Rússia”, declarou porta-voz Jen Psaki em um comunicado.
“Pedimos ao governo russo para proteger os jornalistas e defensores dos direitos humanos, em conformidade com os acordos internacionais dos quais a Rússia participa”, continuou Psaki.
Estemirova, uma crítica mordaz das autoridades tchetchenas, foi sequestrada na capital Grózni em julho de 2009, e posteriormente encontrada morta na vizinha Inguchétia.
Já Klebnikov, ex-editor-chefe da edição russa da revista “Forbes”, foi assassinado ao deixar o escritório no centro de Moscou, em julho de 2004.
Ambos os assassinatos, que permanecem sem solução, geraram protestos nacionais e internacionais e ressaltaram os perigos enfrentados por jornalistas e defensores dos direitos na Rússia.
A Rússia é um dos países mais perigosos do mundo para jornalista. Desde 1992, 55 funcionários da imprensa foram assassinados, segundo o órgão de monitoramento internacional Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
Muitos dos crimes contra repórteres e editores na Rússia aconteceram na conflituosa região do Cáucaso do Norte, que é assolada pela contínua insurgência islâmica, crime organizado e corrupção endêmica.
No ultimo dia 9, o jornalista Akhmednabi Akhmednabiev, do jornal local “Novoe Delo”, foi morto a tiros na frente de sua casa, na República do Daguestão.
Publicado originalmente pelo The Moscow Times
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