Vestibular para universidades russas poderá ser feito no exterior

Governo estima que parcela de estudantes estrangeiros deverá chegar a 10% do total de alunos na Rússia até 2018 Foto: Kirill Lagutkó

Governo estima que parcela de estudantes estrangeiros deverá chegar a 10% do total de alunos na Rússia até 2018 Foto: Kirill Lagutkó

Quinze mil estrangeiros por ano terão a possibilidade de ocupar as vagas destinadas a bolsistas. Na segunda metade do ano, o Ministério da Educação e da Ciência apresentará os regulamentos e o projeto de lei relativo à iniciativa. Até 2018, a porcentagem de estudantes estrangeiros deve crescer até 10%.

O Ministério da Educação e da Ciência anunciou a intenção de receber, anualmente, 15 mil cidadãos estrangeiros de 150 países nas instituições de ensino superior russas, para ocupar as vagas destinadas aos bolsistas.  Os vestibulandos terão que prestar os exames em um dos 70 Centros de Cultura e Ciência russos, porém em seu próprio país ou em uma região mais próxima. A expectativa é aumentar o número de centro para 104 até 2020.

Para tanto, será necessário desenvolver até novembro um pacote de documentos e programas que garantam todo o "ciclo vital" do ensino, como entrega do requerimento, seleção e admissão dos estudantes, bem como transferências.

“Haverá uma classificação de acordo com o desempenho no ensino médio, através da análise do certificado de conclusão, passando por essa etapa, o candidato poderá requerer o ingresso na universidade russa. Se o pedido for aprovado, ele terá a possibilidade de prestar o exame e somente depois virá para a Rússia”, explicou Gulnara Krasnova, vice-reitora responsável pela atividade internacional da Universidade da Amizade dos Povos, ao jornal “Izvéstia”.

Atualmente, cerca de 250 mil estudantes estrangeiros de 150 países já estudam em 750 instituições de ensino espalhados por todo o território da Rússia. Quarenta por cento deles são formandos das escolas dos países da CEI (Comunidade do Estados Independentes), seguidos pela China e Índia. Com a introdução da nova medida, o Ministério da Educação e da Ciência acredita que a atual parcela de estudantes estrangeiros, na faixa de 2,3% do total, deverá chegar a 6% até 2015 e 10% até 2018.

Para o sucesso do projeto também é indispensável garantir o reconhecimento dos certificados das escolas estrangeiras no território russo. De acordo com a nova lei “Sobre a educação”, que entrará em vigor em 1° de setembro, a qualificação ou o nível da educação estrangeira será reconhecido automaticamente se existir um acordo bilateral. Caso contrário, o candidato terá que passar por uma avaliação individual junto ao Serviço Federal de Supervisão para Educação e Ciência,.

O reitor da Universidade de Economia “Plekhanov”, Víktor Grichin, apoia a iniciativa, mas salienta que o ministério terá um longo trabalho pela frente. “A ideia é boa, mas vai dar muito trabalho. Será preciso comparar os níveis de ensino da Rússia e de vários países. Esse projeto deve ser feito com muito cuidado e de forma responsável”, afirma Grichin.


Com materiais dos jornais Izvéstia e Kommersant

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