Ártico ocupa 18% do território russo Foto: RIA Novosti / Vadim Zhernov
Na véspera da reunião, os representantes do Conselho Ártico (Rússia, Canadá, EUA, Suécia, Noruega, Finlândia, Islândia, Dinamarca) visitaram a última fronteira russa ao norte, Nagurskoie, e, em seguida, voaram para a base flutuante de gelo Barneo, que pertence à Sociedade Geográfica da Rússia. De lá, seguiram para o Polo Norte.
“Ninguém é capaz de resolver sozinho os problemas que se acumularam no Ártico, nem do ponto de vista de segurança, nem em relação aos recursos necessários”, informou o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patruchev.
Durante a conferência, muitos dos participantes perceberam que a região, embora inóspita, apresenta oportunidades de viver e trabalhar desde que as medidas de confiança sem reforçadas. Tanto na Rússia como em outros países vizinhos do Ártico é promovido um trabalho ativo para identificação dos desafios e ameaças à segurança internacional, regional e nacional no Ártico. “Não menos importante entre estas ameaças é a mudança climática”, acrescentou Patruchev.
O vice-ministro dos Recursos Naturais e Meio Ambiente da Rússia, Denis Kharkov, também falou sobre os principais características do Ártico, reforçando que essa área engloba 18% do território total da Federação Russa. Até hoje foram descobertos na região 594 reservas de petróleo, 159 de gás, 2 jazidas de níquel e mais de 350 jazidas de ouro. Os principais participantes no desenvolvimento de recursos minerais no Ártico são a Rússia, Estados Unidos, Noruega e Canadá.
De olho no Ártico
Atuais membros observadores do Conselho do Ártico, China e Coreia do Sul procuram ativamente tornarem-se membros permanentes. No verão de 2012, o quebra-gelo chinês Suelun ultrapassou pela primeira vez a rota do mar do Norte e, em 2014, os chineses planejam lançar a segunda embarcação ao mar. Esses passos demonstram a ambição dos planos do país oriental no Ártico.
Porém, o programa da China ainda não está no mesmo nível das investidas russas. Moscou possui um total de 12 quebra-gelos, incluindo sete nucleares. O Canadá, por sua vez, tem um número maior ainda (21 embarcações), enquanto os Estados Unidos possuem apenas três: um em manutenção em Seattle, o segundo está fora de serviço e o terceiro é simplesmente incapaz de romper a espessura do gelo.
Em maio de 2011, o “The New York Times” enfatizou a escassez dos recursos americanos no Ártico, apesar do Alasca pertencer a tal região. “A China em breve terá quebra-gelos maiores e mais modernos do que os Estados Unidos ou o Canadá”, anunciou o jornal.
Com os materiais dos veículos RG, InoSMI e r89.ru
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