Pedido para sediar o evento foi apresentado durante a 152ª sessão da Assembleia Geral do Bureau Internacional de Exposições Foto: Pável Lisítsin/RIA Nóvosti
Durante a 152ª sessão da Assembleia Geral do Bureau Internacional de Exposições, realizado na semana passada em Paris, a Rússia apresentou um pedido para sediar a Expo 2020 em Iekaterinburgo.
A delegação russa foi chefiada pelo vice-primeiro-ministro, Arkádi Dvorkovitch, que explicou os motivos pelos quais acredita que o evento deve acontecer justamente justamente nessa cidade localizada na fronteira entre a Europa e a Ásia. "Trata-se de uma cidade jovem", declarou Dvorkovitch. "Desenvolveu-se rapidamente e tem um poderoso potencial industrial, científico e educacional. A Expo 2020 ajudará a dar um novo impulso para o seu desenvolvimento e também do país como um todo."
Entre os concorrentes, estão Izmir (Turquia), Ayutthaya (Tailândia), Dubai (Emirados Árabes) e São Paulo (Brasil). Apesar de as pessoas já estarem mais familiarizadas com as demais cidades, as autoridades russas asseguram que isso não é motivo para pensar que a Rússia tem menos chances de ganhar a concorrência.
Em meados de 2000, poucas estrangeiros tinham ouvido falar de Sôtchi, onde serão realizados os Jogos Olímpicos de Inverno em 2014, justificaram os representates da delegação russa."A concorrência será muito forte. A Turquia, por exemplo, já foi candidata diversas vezes e possui vários pontos positivos, além de que Dubai tem grandes recursos", disse Dvorkovitch após a assembleia. "Mas também temos pontos fortes e a cidade já tem experiência suficiente para grandes eventos internacionais", continou o vice-premiê.
Ekaterimburgo, que ocupa o terceiro lugar na maioria dos indicadores socioeconômicos na Rússia logo atrás de Moscou e São Petersburgo, já foi sede de um encontro da Organização para Cooperação de Xangai e uma conferência dos Brics. Além disso, a cidade também irá abrigar alguns jogos da Copa do Mundo de 2018.
O custo total para construção das instalações a serem usadas na Expo será coberto não só no orçamento federal, mas também contará com o investimento de empresários russos famosos.
A área total de 587 hectares, às margens do pitoresco lago Verkh-Isetski, já está sendo planejado. A ideia é criar um centro logístico na margem direito do rio, onde atravessarão uma estação ferroviária, outra de metrô e pontos de ônibus. A viagem entre o aeroporto e o local do evento poderá ser feita por meio de trem elétrico em 35 minutos.
Os pavilhões de exposição ocuparão uma área de 182 hectares e o restante ficará reservado para hotéis, escritórios, restaurantes e lojas. Os desenvolvedores do plano piloto planejam ainda avenidas e parques, em uma área de 42 hectares, que poderão ser contornados a pé em uma hora e meia ou até mesmo atravessar o rio de barco.
Após a exposição, toda a infraestrutura e as instalações serão adaptadas às necessidades urbanas. Os hotéis serão transformados em apartamentos residenciais e instalações para estudantes; os pavilhões, em escritórios e centros de negócios e de entretenimento.
"Por isso, os moradores da cidade também sonham que a cidade vença a concorrência", diz Evguêni Kuivachev, governador da região de Sverdlovsk, cuja capital é Iekaterinburgo. No verão do ano passado, foi realizada uma campanha sem precedentes em apoio à exposição internacional, na qual cerca de 2 mil habitantes se alinharam formando a figura "Expo 2020", com 47 metros de comprimento por 13 metros de largura.
Organizada desde 1851, a Expo é a maior plataforma do mundo para apresentar as mais recentes realizações e tecnologias. Exposições deste porte trazem um grande impulso para o desenvolvimento econômico da região onde é realizada, tornando-a mais atraente para novos investimentos. A última Expo foi realizada em Yeosu, na Coreia do Sul, em 2013. A próxima, em 2015, acontecerá em Milão. A Rússia nunca acolheu uma Expo, embora Moscou tenha apresentado o pedido em 2010.
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