Michel Temer (esq.) encontrou-se com Dmítri Medvedev (dir.). Foto: Oleg Prasolov/RG
Durante a reunião realizada em meados de fevereiro, o diretor da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Almir Ribeiro Américo, enfatizou a importância de ampliar a cooperação econômica entre os dois países.
“Nossa missão é demonstrar as potencialidades do Brasil. Mas, primeiro, devemos mostrar aos russos o potencial de sua economia”, declarou o diretor da Apex durante o encontro em Moscou.
O impulso rumo à ampliação da cooperação entre os países foi dado durante a visita da presidente brasileira, Dilma Rousseff, a Moscou no final do ano passado.
“O Brasil espera que, com a visita do primeiro-ministro da Rússia à América Latina, as relações entre os dois países se elevem a um novo patamar”, acrescentou o ministro conselheiro da embaixada do Brasil na Rússia, Miguel Gribak Pereira de Franco, durante a mesa redonda.
Segundo o diplomata, diversos encontros em diferentes áreas devem contribuir para a implantação de grandes projetos bilaterais. Além da possível visita da presidente brasileira à Rússia para participar da cúpula do G20, haverá em Moscou uma reunião da comissão Rússia-Brasil de cooperação econômica, comercial, científica e tecnológica e, no Brasil, uma reunião bilateral entre vice-ministros.
Os megaprojetos esportivos, como os Jogos Olímpicos de Sôtchi e a Copa do Mundo de 2018 na Rússia também são motivos para incrementar a parceria. “Poderíamos pensar em estabelecer uma cooperação bilateral em áreas específicas como, por exemplo, o treinamento de atletas de alto nível”, disse Miguel Franco.
Nos últimos meses, os dois países deram uma série de passos importantes, como a venda de jatos de passageiros da Embraer nos países da União Aduaneira (Rússia, Bielorrússia e Cazaquistão) e a abertura do mercado brasileiro aos grãos russos.
Também na ordem do dia está a questão das inovações na indústria automotiva, uma vez que o Brasil está interessado na modernização do setor automotivo russo e na participação de seus fabricantes de autopeças em tal processo. As vendas de carros novos têm crescido na casa de dois dígitos na Rússia ao longo dos últimos anos e, por isso, os fabricantes estrangeiros estão começando a instalar na Rússia a produção de componentes automotivos.
“Durante a recente crise, ficou claro que a América Latina mudou dramaticamente. A crise prejudicou menos essa região do que outras”, afirmou Vladímir Davidov, diretor do Instituto de Estudos sobre a América Latina da Academia de Ciências da Rússia.
Além disso, segundo Davidov, “os Brics têm dado uma contribuição muito positiva para a redistribuição das posições nas relações internacionais”, arrematou Davidov.
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