Foto: AP
“A Rússia aceitará qualquer opção de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas que conte com a aprovação da maioria dos membros”, disse o vice-chanceler russo, Guennádi Gatilov, na última terça-feira (5), após a reunião ministerial sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU, em Roma
Em entrevista aos jornalistas presentes no encontro convocado pelas diplomacias italiana e espanhola, o diplomata demonstrou que a Rússia assume uma posição flexível e pragmática em relação à reforma do Conselho de Segurança da ONU.
“Estamos dispostos a considerar a hipótese de aumento do número de membros permanentes e não-permanentes, assim como a chamada opção intermediária, segundo a qual a ampliação do Conselho só deve ocorrer no grupo de membros não-permanentes”, disse Gatilov. “O mais importante é que a opção proposta seja apoiada por todos os países.”
O vice-chanceler russo lamentou, contudo, as divergências significativas entre os países envolvidos no debate que impossibilitam a resolução desse assunto em um futuro próximo.
“O chamado G-4, composto por Brasil, Japão, Índia e Alemanha, intensificou suas atividades, mas enfrenta resistência de um grupo de países liderado pela Itália e Espanha, para quem o conselho só deve ser crescer no grupo de membros não-permanentes”, acrescentou.
A ideia é que o Conselho de Segurança da ONU, constituído após o fim da Segunda Guerra Mundial, seja alargado para atender à realidade atual do cenário internacional. “Não podemos permitir que o Conselho de Segurança fique dividido, com todas as consequências negativas daí decorrentes, em vez de se tornar mais eficaz”, disse Gatilov, acrescentando que o assunto diz respeito a toda a estrutura e arquitetura das relações internacionais.
“Quaisquer alterações na Carta da ONU terão reflexos em toda a situação internacional”, arrematou o diplomata.
Publicado originalmente pelo Vzgliad
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