As 10 melhores pilotos de caça soviéticas da Segunda Guerra Mundial (FOTOS)

Membros do 586º regimento.

Membros do 586º regimento.

Ágnia Poliántseva/Sputnik
Os pilotos alemães não faziam ideia de que alguns aviões de combate soviéticos estavam sob comando de jovens mulheres.

1. Lídia Litviak

A tenente júnior da Guarda, Lídia Litviak, foi uma das pilotos mais competentes da Força Aérea do Exército Vermelho. A "Lírio Branco de Stalingrado", como foi apelidada após sua participação em duras batalhas aéreas acima da famosa cidade do rio Volga, voou cerca de 150 missões de combate, obtendo quatro vitórias individuais e três compartilhadas.

Em 19 de julho de 1943, durante a batalha de Donbass, seus comandantes confiaram a Litviak a tarefa de liderar um grupo de seis aviões de combate e ela recebeu "nota máxima" pela missão cumprida. Infelizmente, algumas semanas depois, a piloto, que tinha apenas 21 anos na época, foi morta em uma missão de combate.

2. Ekaterina Budánova

A tenente Ekaterina Budánova era conhecida no 437º Regimento de Aviação de Caça como "líder de torcida, pássaro canoro e temerária". A alegre e fervilhante Kátia [forma abreviada de Ekaterina] era a melhor amiga da pensativa e tranquila Lídia Litviak.

Em seu Yak-1, Budánova protegeu Stalingrado dos ataques aéreos inimigos. Ela venceu uma batalha contra um caça-bombardeiro Messerschmitt Bf 110 e perseguiu e abateu um Focke-Wulf Fw 189. Ela conseguiu até lutar sozinha contra dois caças Messerschmitt Bf 109, danificando o avião principal da dupla alemã. Em 19 de julho de 1943, Ekaterina foi morta em ação.

3. Valéria Khomiakova

A tenente sênior do 586º Regimento de Aviação de Caça, Valéria Khomiakova, entrou para a história como a primeira mulher piloto a abater um bombardeiro inimigo (um Junkers Ju 88) em uma batalha noturna. Apenas 12 dias após seu feito heróico, em 6 de outubro de 1942, ela morreu em um acidente durante a decolagem em um campo de aviação próximo à cidade de Engels.

4. Klávdia Blinova

A tenente da Guarda Klávdia Blinova tinha dezenas de missões de combate e três bombardeiros abatidos em grupo. Foi assim que ela descreveu uma das batalhas aéreas das quais participou: "O bombardeiro estava correndo de nuvem em nuvem e eu fui atrás dele! Eu estava sendo dominada por uma perseguição frenética, fazendo o possível para não deixá-lo escapar! Percebendo que ele havia se desviado para estibordo em direção a uma nuvem, virei meu avião de modo a encontrar o fascista abaixo do nível da nuvem. Um momento depois, ele surgiu bem na minha frente. Disparei uma longa rajada quase à queima-roupa. Com um forte movimento de seu nariz, o Junkers caiu. Eu ainda estava atrás dele..."

Em 4 de agosto de 1943, o Yak-1 de Blinova foi abatido. Ela saltou com um paraquedas e foi capturada pelos alemães. No caminho para a Alemanha, ela conseguiu escapar com um grupo de prisioneiros de guerra e chegou às linhas amigas. Depois de passar por todas as verificações, Klávdia Mikháilovna retornou ao front e esteve presente na Vitória em Berlim.

5. Antonina Lebedeva

Antes de sua morte, em 17 de julho de 1943, a amiga íntima de Blinova, a tenente júnior do 65º Regimento de Aviação de Caça dos Guardas, Antonina Lebedeva, havia abatido três aeronaves inimigas, sozinha ou em um ataque compartilhado.

O herói da União Soviética Andrei Baklan, em cujo avião Lebedeva dava cobertura em batalhas aéreas como sua parceira, lembrou: "Olhando para ela no chão, ela era uma jovem pequena e frágil. Mas, no ar, eu nunca pensaria que tinha um membro do 'sexo frágil' voando ao meu lado e, na maioria das vezes, eu simplesmente esquecia. Tónia [abreviação de Antonina] era uma piloto confiante e executava minhas instruções com precisão e presteza. Só quando eu ouvia sua voz fina e agitada no rádio, me alertando sobre algum perigo, é que eu me lembrava quem era minha parceira."

6 e 7. Raíssa Surnatchevskaia e Tamara Pamiatnikh

Raíssa Surnatchevskaia.

Em 19 de março de 1943, Raíssa Surnatchevskaia e Tamara Pamiatnikh, pilotos do 586º Regimento de Aviação de Caça, foram escaladas para abater um avião de reconhecimento alemão nas proximidades da estação ferroviária de Kastornaia, na região de Kursk. No entanto, em vez de uma única aeronave, os dois se depararam com um grupo inteiro de bombardeiros alemães, que eles atacaram imediatamente.

"Subimos e mergulhamos e derrubamos uma aeronave cada um. Em seguida, repetimos a manobra uma segunda vez e derrubamos uma aeronave cada", relembrou Tamara Ustínovna Pamiatnikh. "Tentamos nos aproximar o máximo que pudemos - cheguei a ver a cabeça do artilheiro alemão, mas isso foi um erro de minha parte. Fui atingida, meu avião começou a girar e não consegui soltar meu cinto para abrir a capota... Minha vida inteira passou diante dos meus olhos..."

Tamara Pamiatnikh.

No entanto, Pamiatnikh conseguiu saltar com seu paraquedas, enquanto Surnatchevskaia conseguiu chegar à pista de pouso mais próxima com um radiador furado. Pelo abate dos quatro bombardeiros, as duas mulheres foram condecoradas com a Ordem da Bandeira Vermelha e ambas conseguiram chegar ao fim da guerra em segurança.

8. Raíssa Beliaeva

"Sua técnica de condução de aviões de combate é excelente. Ela voa com ousadia e confiança. Ela não se deixa abater por condições climáticas difíceis e voa bem em formação." Essa foi a avaliação feita sobre a Tenente Sênior Raíssa Beliaeva, comandante de esquadrão do 586º Regimento de Aviação de Caça, em um decreto que a condecorou com a Ordem da Bandeira Vermelha. Na Batalha de Stalingrado, ela abateu um Messerschmitt Bf 109 em um ataque em grupo. Em 19 de julho de 1943, foi gravemente ferida nos céus de Voronej e morreu ao pousar seu avião em um campo de aviação.

9. Galina Burdina

A tenente sênior Galina Burdina realizou 152 missões de combate durante a guerra e abateu três aeronaves inimigas em ataques individuais ou em grupo. Depois da guerra, ela se lembrou de uma vez em que teve que decolar de uma pista completamente coberta de neve e sem pistas à noite: "Entrei na cabine de comando e liguei o motor. Coloquei o rádio no modo de recepção e aguardei atentamente o sinal, embora, no fundo, eu não acreditasse que o sinal chegaria: decolar do aeródromo no estado em que se encontrava era excepcionalmente difícil e perigoso. Mas o inimigo estava avançando sobre Korosten. Um sinalizador verde foi aceso, recebi a referência de grade pelo rádio e decolei..." O resultado da investida foi a derrubada bem-sucedida de um avião Junkers Ju 88.

10. Zuleikha Seidmamedova

"Eu podia ver claramente as cruzes pretas na carroceria do Junkers. Eu precisava rasgar a barriga dele! Lhe dei outra longa rajada de fogo. Ele era invencível ou o quê, aquele maldito Junkers...? Eu estava bem próxima a ele. Disparei e pensei: 'Se eu não o derrubar agora, vou investir contra ele...' E então vi o Junkers soltando fumaça. Deixando um rastro negro atrás de si, ele caiu." Foi assim que a piloto Zuleikha Seidmamedova descreveu os combates aéreos no Saliente de Kursk no verão de 1943.

Como navegadora do 586º Regimento de Aviação de Caça, Seidmamedova foi a única piloto militar do Azerbaijão da Segunda Guerra Mundial. Ela participou das batalhas de Voronej e Stalingrado, além da Operação Korsun-Chevtchenkovski e da libertação de Bucareste.

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