Por que uma ginasta soviética foi chamada de “namoradinha do México”?

História
ANNA POPOVA
A atleta Natália Kutchínskaia, de 19 anos, competiu nos Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968. Na época, porém, a situação da URSS nas competições internacionais foi complicada pela entrada das tropas nacionais na Tchecoslováquia.

A rival de Kutchínskaia e favorita dos Jogos Olímpicos era a atleta tcheca Vera Chaslavska. Com isso, Kuchínskaia sentiu-se ainda mais pressionada: no primeiro dia de competição, a atleta soviética caiu das barras assimétricas, mas levou o bronze nos exercícios de solo e na prova individual geral.

No segundo dia, ela conquistou duas medalhas de ouro: na competição por equipes e na trave. Natália não se tornou campeã absoluta dos Jogos Olímpicos do México, porém, conquistou os corações dos torcedores locais. Muitos meios de comunicação a apelidaram de “namoradinha do México”.

“O calor é mortal, o ar é rarefeito! Após o primeiro dia de competição, chegamos à Vila Olímpica completamente exaustos. E de repente eles vêm e me dizem: fui escolhida ‘namoradinha do México’. Não tive tempo de me orgulhar, pois me explicaram: segundo as lendas, esta seria a menina mais linda que é sacrificada aos deuses. Deixe que eles tenham pena dela e protejam a cidade. Eu perguntei: ‘Por que eles estão me sacrificando? Sou da União Soviética’”, lembrou, mais tarde, a atleta.

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