Quando Lênin foi roubado nas ruas de Moscou

Kira Lissítskaia (Foto: Domínio público)
O incidente sem precedentes ocorreu em 6 de janeiro de 1919, quando Vladímir Lênin já era o líder do jovem Estado soviético.

O ataque ao carro do líder bolchevique foi cometido por uma gangue do conhecido gângster da capital russa Iakov Kochelkov. Acontece que os criminosos não faziam ideia de quem estava dentro do carro; naquela noite, eles só precisavam de um meio de transporte.

A gangue correu para a frente do carro gritando “Pare! Vamos atirar!”. No crepúsculo, Lênin pensou que fosse uma patrulha de rua.

Quando o carro parou, os criminosos arrastaram o líder soviético, junto com seu guarda, para fora. Lênin chocado gritou: “O que vocês estão fazendo? Sou eu, Lênin. Aqui estão meus documentos”.

Por causa do barulho do motor, o líder da gangue ouviu mal o sobrenome: “Vá para o inferno, Lêvin! Eu sou Kochelkov, o dono da cidade à noite!”. Com essas palavras, ele pegou os documentos, o dinheiro e a pistola Browning do líder soviético.

Rolls-Royce de Lênin.

Os criminosos entraram no carro e fugiram, mas pararam algumas centenas de metros à frente para examinar os “troféus”. Foi só então que perceberam quem poderiam tomar como refém e o resgate enorme que poderiam obter. Eles voltaram correndo na hora, mas Lênin já tinha desaparecido com os guardas.

Após o incidente, toda a polícia da cidade ficou em alerta, e a guarda pessoal do chefe do Estado foi reforçada. Como resultado da operação policial, mais de 200 pessoas acabaram detidas, mas os membros da gangue não foram localizados.

Foto de Kochelkov em um caso criminal em 1916.

Nos seis meses seguintes, porém, todos os membros da gangue de Kochelkov foram capturados, condenados e fuzilados. O próprio líder da gangue foi morto durante a tentativa de detenção em 26 de julho. A Browning de Lênin foi encontrada com ele.

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