‘Taça Nautilus’, o requintado presente de um rei da Dinamarca para um tsar russo

História
ALEKSANDRA GÚZEVA
Cálice de prata dourada com quase meio metro de altura foi feito em meados do século 17 em Nuremberg por um joalheiro alemão chamado Johannes Claub.

A taça em si é parcialmente feita de uma concha de náutilo e exibe a figura de Hércules lutando contra Hidra. Já a tampa, é decorada com antigas figuras heróicas: Andrômeda acorrentada a uma rocha e Perseu voando em sua direção sobre seu cavalo alado.

O objeto pertenceu à coleção pessoal de Cristiano 4º, rei da Dinamarca e da Noruega, que reinou por quase 60 anos (1588-1648). Era um grande conhecedor da beleza e reunia em torno de si os melhores artistas e mestres; sob seu mandato, a arte teve um florescimento sem precedentes.

Além disso, Cristiano  era um amigo muito próximo da Rússia e até pretendia casar o seu irmão com a filha de Boris Godunov; porém, o seu irmão morreu depois de chegar a Moscou.

O rei dinamarquês também decidiu fazer amizade com o primeiro tsar da nova Dinastia Romanov, Miguel Fiodorovitch. Em 1622, Cristiano enviou uma delegação inteira à Rússia com o seu filho, levando diversos presentes para a corte russa. Entre eles estava a Taça Nautilus, hoje guardada nos Museus do Kremlin de Moscou — e que estava, até recentemente, em exposição no Palácio do Arsenal do Kremlin, junto com os demais itens.

Em breve, uma grande quantidade de prata ocidental do Palácio do Arsenal preencherá um salão inteiro do novo prédio dos Museus do Kremlin de Moscou, que está se preparado para sua inauguração na Praça Vermelha.

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