Quiosque comercial no bulevar Zubovsky
Vitáli Savéliev/SputnikAté pouco tempo atrás, era possível comprar de tudo — de chicletes a tapetes — em banquinhas de rua, ou quiosques. No final de 1992, o presidente russo Boris Iéltsin assinou a lei sobre Livre Comércio e, com isso, milhões foram às ruas. Foi essa liberdade comercial que permitiu muitos sobreviverem durante a grave crise econômica pós-queda da URSS.
Comércio ambulante de pães em Moscou
Oleg Lástotchkin/SputnikOs russos de então negociavam de boca em boca, organizando espontaneamente mercados literalmente em todo e qualquer canto. Mas uma característica distintiva daquela época eram as inúmeras banquinhas feitas com todo tipo de material.
Produtos da fábrica de confeitaria Bolshevitchka vendidos em banquinha de Moscou
Oleg Lástotchkin/SputnikNo início, as barracas soviéticas do tipo Soiuzpetchat [Impressão Soviética, em tradução livre] foram remodeladas como quiosques comerciais, mas a maioria das estruturas ainda era bastante rudimentar. Quem queria uma, construía do jeito que quisesse ou pudesse.
Vendinha
Aleksêi Druzhínin/TASSA vantagem é que sempre havia muito mais opções de produtos nessas banquinhas do que nas lojas comuns. Além de mantimentos e utensílios domésticos, os donos de quiosques de bebidas alcoólicas obtiveram os maiores lucros — pois muitas vezes também funcionavam 24 horas por dia, 7 dias por semana. Essa tendência durou mais de uma década.
Camelôs de roupas em Lujniki
Iúri Abrámotchkin/SputnikEm 2013, no entanto, a Rússia proibiu a venda de bebidas alcoólicas à noite e nesses quiosques — e depois começou a demolir todos as banquinhas construídas ilegalmente. O movimento de retirada mais intenso aconteceu em Moscou. Em fevereiro de 2016, cerca de 100 desses quiosques foram demolidos da noite para o dia — episódio que foi apelidado pela mídia como “noite dos baldes longos”, já que escavadeiras com baldes os destruíram.
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