O primeiro refrigerador soviético fabricado em massa foi o ZIL, que surgiu depois da Segunda Guerra Mundial, em 1950.
O design e seu sistema de funcionamento foram emprestados dos EUA, mas ninguém buscava originalidade na época - os soviéticos simplesmente queriam ter a conveniência de poder conservar seus alimentos.
O ZIL deve sua popularidade ao preço baixo, durabilidade e compacidade, uma verdadeira vantagem quando se tratava de apartamentos pequenos.
Este pmóvel era o elemento central em praticamente todas as salas de estar. Sua popularidade cresceu na década de 1970. Essas estantes continham não apenas itens sofisticados que podiam ser exibidos atrás de suas portas de vidro, mas também pratos, livros, louças da avó e até roupas.
Adquirir uma dessas belezuras, no entanto, não era fácil: era preciso se cadastrar e esperar em uma fila, e o móvel custava quase 10 salários de um soviético. Assim, se você tivesse a sorte de conseguir um desses, cuidaria dele pelo resto da vida. E, realmente, muitos apartamentos ainda preservam esses móveis!
Este copo icônico que muito se parece com aquele que no Brasil se chama “copo americano” era um dos símbolos extra oficiais da URSS: podia ser encontrado em todos os locais públicos, em todas as cerimônias e, claro, em todas as casas. Ele também se encaixava perfeitamente no clima da utopia soviética, em que cada item doméstico era de alguma forma racional e prático.
Este tipo de espelho era feito para funcionar como uma espécie de penteadeira, mas não era isso o que acontecia na prática: eles ficavam em quartos, salas e até corredores, e serviam para guardar quase tudo, de remédios a jornais velhos.
Este foi um sucesso absoluto da fabricação de móveis soviéticos. Surgiu na década de 1960, e ficou conhecido como mesa-estante de livros. Quando fechado, parecia um console para vasos de flores ou um serviço de porcelana.
Aberto, tornava-se uma mesa de jantar inteira para receber convidados. Apesar de só ser aberta uma ou duas vezes por ano, essas mesas eram sempre mantidas e a maioria das pessoas sequer imaginava em livrar-se dela. Muitas estão até hoje em alguns apartamentos russos.
Pesada e muitas vezes escurecida pelo uso constante muito sólida, essas panelas não davam chance para as feitas de ligas de metal leve. Muitos acreditavam até que eram elas que davam sabor à comida.
Isso porque elas não conduziam muito calor, o que significava que demoravam um pouco para aquecer e, depois, o calor se espalhava uniformemente sem picos de temperatura.
Isso também significava que a superfície bem aquecida da panela de ferro fundido nunca deixava a comida grudar – ela era absolutamente perfeita para fritar panquecas!
Era difícil imaginar qualquer casa soviética sem esse item. É claro que todas elas tinham tapetes no chão, mas também era provável que eles estivessem nas paredes, servia ao propósito adicional de isolamento acústico e conservação do calor.
Os livros eram itens de grande estima para o cidadão soviético médio, que era leitor voraz. Assim, reunir uma enorme coleção de livros em uma biblioteca caseira era prioridade. Em primeiro lugar, ter livros sinalizava que você era uma pessoa culta; em segundo, numa época de escassez de livros, era um sinal de prestígio.
As portas de entrada dos apartamentos soviéticos eram finas e pouco confiáveis. Da cozinha, você podia ouvir cada passo e conversa do lado de fora, nos corredores do prédio. O problema foi resolvido revestindo as portas com couro, o que não só proporcionava isolamento acústico, mas também uma aparência imponente.
Seria difícil encontrar uma cozinha soviética sem um calendário destacável na parede. Ele servia como um planejador diário e lembrete de datas importantes, como o aniversário de Lênin — ou de 50 anos do Partido Comunista Sul-Africano. As páginas desses calendários também continham receitas, piadas, superstições e conselhos úteis.
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