Especialistas da Expedição Arqueológica Fanagoria revelaram as descobertas mais fascinantes feitas este ano na Península de Taman, que faz fronteira com os mares Negro e Azov, no sul da Rússia. A informação é da Fundação Vólnoe Delo, que apoia o projeto.
Primeiramente, foi encontrado um medalhão de prata em uma sepultura que data do século 1º d.C. O artefato traz uma representação de Afrodite e dez signos do zodíaco – Aquário e Libra são os dois únicos ausentes.
A julgar pelas outras joias descobertas com os restos mortais, como anéis e brincos, também ligados ao culto da deusa olímpica do amor e da beleza, a falecida era possivelmente discípula ou sacerdotisa dessa divindade. Tais fatos confirmam o status da antiga cidade de Fanagoria como colônia grega e o fato de que a população local continuou a adorar o panteão grego pelo menos até o século 1º – e provavelmente até acreditava em astrologia.
Um segundo artefato de interesse arqueológico é uma espada enorme e preciosa, achada em um esconderijo em um jazigo profundo, onde estava enterrado um guerreiro. Característica da época das invasões bárbaras (séculos 4 e 5), a arma é de origem oriental, mais especificamente iraniana, como indica a parte superior dourada de seu cabo de madeira.
Supostamente um presente diplomático ou troféu de guerra, esta arma demonstra os estreitos laços políticos e culturais que a Fanagoria tinha com o Segundo Império Persa (ou Sassânida), que se estendia pelos atuais Irã e Iraque.
A terceira descoberta compreende diversos baús e moedeiros, escondidos às pressas pelos habitantes da península de Taman no início da Idade Média durante as invasões bárbaras.
Após análise dos objetos, verificou-se que os moedeiros possuíam, em média, de 30 a 80 moedas e teriam sido usados diariamente. Isso sugere que os moradores tinham economias suficientes para durar, no máximo, um mês.
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