A nave Sputnik 2, que contava com as cadelas Belka e Strelka a bordo, foi lançada em 19 de agosto de 1960. A experiência permitiu o primeiro voo orbital para humanos: Vostok 1, lançado cerca de oito meses depois, do qual o cosmonauta soviético Iúri Gagárin participou.
Cápsula espacial Sputnik-5 no Museu do Espaço
Pretenderrs (CC BY-SA 3.0)A espaçonave Korabl-Sputnik 2, também conhecida (incorretamente) no Ocidente como Sputnik 5, levou a bordo, além das cachorras Belka e Strelka, outros seres vivos: 40 camundongos, 2 ratos e uma variedade de plantas. A nave retornou à Terra no dia seguinte, e todos os animais foram recuperados com saúde e segurança.
O voo – e o retorno – bem-sucedido dos cães Belka e Strelka à Terra causaram frisson. De tão populares, suas imagens foram publicadas literalmente em todos os lugares.
Cerâmica de Gje celebrando o voo dos dois cães espaciais
El Pantera/GNU FDLAmbas cadelas eram vira-latas. “Suas vidas não eram fáceis. Elas viviam com fome e frio e, para elas, era natural ter que se adaptar às mudanças das circunstâncias”, explica Adilia Kotovskaia, cientista que trabalhou com as cadelas espaciais.
Depois da viagem ao espaço, eles voltaram a ter uma vida comum. Strelka deu à luz seis filhotes, e um deles foi dado de presente a ninguém menos que o presidente norte-americano John Kennedy.
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