O vídeo que começou a circular nas redes sociais na Rússia despertou grande interesse entre os internautas que admiram o trabalho de cinegrafistas de guerra. Esses correspondentes ficavam à frente com os grupos de ataque do Exército Vermelho. Graças a isso, é possível entender as táticas da infantaria em batalhas urbanas.
Homens do Exército Vermelho, vestidos apenas com macacões e sobretudos – sem armaduras ou capacetes de proteção, para facilitar o movimento – fazem ataques curtos às “zonas mortas” dos blocos de apartamentos. Eles contam com a cobertura de canhões de 76 mm e obuses de 122 mm, enquanto metralhadoras DShK disparam dos andares superiores. Outras equipes de metralhadoras, tendo levado as metralhadoras Maksim para os andares mais altos, descem chumbo em seus alvos – janelas e aberturas em casas onde franco-atiradores alemães poderiam estar escondidos.
A gravação termina com cenas da infantaria alemã se rendendo. Os uniformes esfarrapados e os rostos exaustos sugerem que os alemães resistiram por muito tempo na batalha antes de serem feitos prisioneiros.
Aficionados por história descobriram que o vídeo foi gravado durante as batalhas pela cidade polonesa de Poznan, de 26 de janeiro a 23 de fevereiro de 1945.
Durante o ataque à cidade-fortaleza, as unidades do 8º Exército de Guardas do general Tchuikov tiveram que esmagar a resistência inimiga em 18 fortes de pedra, que só podiam ser penetrados pela “marreta de Stálin”: obuses M1931 de 203 mm e 280 mm.
Um total de 4.887 soldados e oficiais soviéticos e poloneses morreram pela tomada da fortaleza. A guarnição alemã em Poznan foi destruída: 17.000 soldados liderados pelo major-general Ernst Mattern foram feitos prisioneiros. Cerca de 15.000 alemães morreram. O comandante da guarnição, major-general Ernst Honell, atirou em si mesmo ao ver-se derrotado.
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