10 imagens irreconhecíveis da Moscou pré-revolucionária

História
KSÊNIA ZUBATCHEVA
Após a Revolução de 1917, vários edifícios antigos foram demolidos, mudando radicalmente a cara da capital russa. Embora alguns locais tenham sido reconstruídos após a queda da União Soviética, outros ficaram apenas na história.

A Praça Púchkin, um dos principais símbolos de Moscou, tinha um nome diferente cem anos atrás. Na época, era conhecida como Praça Strastnaya e não havia nenhum monumento ao famoso poeta Aleksandr Púchkin nem mesmo suas fontes. Ambos foram instalados apenas na década de 1930, quando a praça teve seu nome alterado. Durante a reconstrução, as autoridades soviéticas ordenaram a destruição do Mosteiro Strastnoy, construído ainda no século 17.

Em 1910, a Praça Lubyanskaya, ou simplesmente Lubyanka, tinha uma fonte projetada pelo escultor russo-italiano Ivan Vitáli. Em 1934, entretanto, a fonte foi transferida para o prédio do então Presidium da Academia Russa de Ciências.

Esta é a Catedral de Cristo Salvador original antes de ser demolida em 1931. Construída entre 1839 e 1883 por Konstantin Thon, o principal arquiteto durante o reinado de Nikolai 1º, a igreja foi destruída pelos bolcheviques para erguer o Palácio dos Sovietes na mesma área. Porém, o edifício jamais saiu do papel e, em seu lugar, uma grande piscina ao ar livre foi inaugurada na década de 1960. Foi em meados dos anos 1990 que o governo russo decidiu restaurar a catedral.

No início dos anos 1900, a rua Tverskaya-Yamskaya possuía uma das maiores igrejas da Rússia Imperial – a Igreja de Vassíli Kesariski. Citada pela primeira vez no século 15, a igreja não sobreviveu, ao contrário do Arco do Triunfo dedicado à vitória sobre Napoleão, em 1812. O arco foi construído nessa rua em 1834, desmantelado dois anos depois e novamente restaurado na Prospekt Kutuzovsky no final da década de 1960.

Portão da Ressurreição entre 1900 e 1910. Essa estrutura foi erguida em 1535, mas demolido em 1931 para aumentar o fluxo de veículos e máquinas que participavam de desfiles anuais na URSS. Em 1994 e 1995, o governo decidiu restaurar o portão.

Demolição de monumento ao tsar Aleksandr 3º, no aterro Prechistenskaya (margem do rio Moscou), em 1918. Construído entre os anos de 1900 e 1912, a escultura ficava perto da Catedral de Cristo Salvador.

Os Portões de Vladímir, em Kitai-gorod, e a Capela de São Pantaleão, em 1910, entre as atuais ruas Nikolskaya e a Lubyanka. Ambos foram demolidos em 1934.

Rua Malaya Dmitrovka na primeira década de 1900, onde é possível ver o mosteiro de Strastnoi e a Igreja da Natividade do Theotokos em Putinki. Embora o primeiro não tenha sobrevivido ao tempo, a igreja ainda está lá e aberta.

A Malaya Dmitrovka tornou-se a primeira rua com uma linha de bonde elétrico. Em 1899, os primeiros trens começaram a partir do mosteiro Strastnoy à Praça Butyrskaya Zastava.

Praça Vermelha na década de 1910. O Mausoléu de Lênin não existia na época, momento a Minin e Pozharsky estava posicionado em outro ponto da praça – onde hoje fica a entrada da loja de departamentos GUM.

A escultura foi transferida para perto da Catedral de São Basílio em 1931, porque atrapalhava os desfiles soviéticos.

O Portão Vermelho na década de 1910. O primeiro arco do triunfo construído na Rússia tinha por objetivo celebrar a vitória russa sobre as forças suecas na Batalha de Poltava, em 1709. Foi substituído, e depois reformado algumas vezes durante o reinado da imperatriz Catarina 1ª, mas não sobreviveu ao tempo. Em 1927, acabou sendo demolido junto com a Igreja dos Três Santos, que ali existia desde 1635.