A Sociedade das Nações, ou Liga das Nações, foi uma organização internacional idealizada em 1919 e 1920 para preservar a ordem mundial após a Primeira Guerra. As línguas oficiais eram francês, inglês e espanhol.
Em 15 de setembro de 1934, por iniciativa da França, os então 30 países-membros propuseram que a URSS participasse da Sociedade. Três dias depois, Moscou aceitou a oferta e se uniu ao grupo como membro permanente do Conselho.
Cabe lembrar, porém, que, desde antes, o país já trabalhava em estreita colaboração com vários comitês da Liga para resolver questões globais.
A reviravolta veio em 14 de dezembro de 1939, quando a URSS foi expulsa do grupo por atos “contra o Estado finlandês”.
O governo soviético respondeu à exclusão com um comunicado oficial da agência TASS destacando que apenas 7 dos 15 membros do Conselho haviam votado em favor da decisão, e três deles tinham sido eleitos no dia anterior. Os 8 membros restantes se abstiveram (incluindo a própria Finlândia) ou estavam ausentes. Assim, a Sociedade das Nações violava as disposições da Carta.
No total, 63 países foram membros da Sociedade das Nações entre 1920 e 1946. Os EUA, porém, jamais participaram do grupo, enquanto a Alemanha, a Itália o Japão acaram expulsos da Liga por descumprimento do Tratado de Versalhes.
Apesar dos esforços, a Sociedade das Nações não conseguiu impedir a invasão da Manchúria pelo Japão, e a incorporação da Etiópia pela Itália em 1936, bem como a ‘Anschluss’ (anexação político-militar da Áustria) por Hitler em 1938.
A Sociedade cessou todas as atividades em 1940 e foi oficialmente liquidada em 20 de abril de 1946. Seus ativos e passivos foram transferidos para a ONU.