‘Esposa do comerciante tomando chá’, Boris Kustodiev, 1918.
Museu RussoEra difícil encontrar uma casa que não tivesse samovar e bule de chá. Muitas vezes o bebiam de uma maneira especial: ‘vprikúsku’ (‘em mordida’).
Taverna em Moscou (1916), de Boris Kustodiev.
Galeria TretiakovAs folhas secas eram usadas no exterior há muito tempo como remédio. No início, as ervas não estavam disponíveis para todos na Rússia, mas apenas para pessoas muito ricas: por meio quilo de chá (pouco mais de 450 gramas), os comerciantes pediam de dois a seis rublos; enquanto 16 quilos de farinha de centeio saíam por apenas 35 copeques. Com o passar do tempo, o chá foi se tornando mais acessível e uma bebida verdadeiramente popular.
“Cocheiro tomando chá” (1920), de Boris Kustodiev.
Aleksêi Sverdlov/SputnikEra servido com compotas e pães, doces diversos, frutos secos e bolinhos. Sem falar do açúcar: como este também era caro, as pessoas inventaram uma forma original de prolongar o prazer:
Bebia-se chá com um pedaço de açúcar preso entre os dentes, ou seja, “em uma mordida”. Assim, o açúcar durava bastante tempo, várias xícaras. Já o “desperdício”, quando o açúcar era adicionado à xícara e mexido, era chamado de ‘vnakládku’ (“em sobreposição”). Também bebia-se chá ‘vdogónku’ (“em perseguição”): para isso, colocava-se um pedaço de açúcar sobre um pedaço de pão e deslocava-se gradativamente ao dar uma mordida e tomar um gole de chá, deixando o açúcar para o final.
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