Alemanha nazista queria exterminar e escravizar o povo soviético, diz Putin

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Cerimônia na Chama Eterna, ao lado do Kremlin, marcou o 80º aniversário do início da participação soviética na Segunda Guerra Mundial.

A Alemanha nazista não queria apenas tomar a URSS, mas também exterminar e escravizar seu povo no mais cruel genocídio da história, declarou o presidente russo Vladimir Putin nesta terça-feira (22). Data marcou o 80º aniversário do início da Grande Guerra Patriótica, como é chamado o período em que os soviéticos combateram na 2ª Guerra Mundial.

“Não bastava o inimigo se apoderar de uma terra estrangeira. Veio para exterminar nosso povo e escravizar aqueles que permaneceriam, privando-os de sua língua materna, tradições, ancestrais e nossa cultura. A história nunca tinha visto um genocídio tão cruel antes”, disse o líder russo ao depositat flores na Chama Eterna perto da Tumba do Soldado Desconhecido no Jardim de Aleksandr, vizinho à muralha do Kremlin. 

Em prol da libertação do país, o povo soviético “suportou de tudo, passou por luto, sofrimentos e morte, tanto em casa quanto na linha de frente, exibiu a mais alta coragem e abnegação no calor das batalhas, em seu trabalho mais árduo em fábricas e usinas e conquistou uma verdadeira Grande Vitória”, acrescentou.

Não é por acaso que a Chama Eterna se tornou um símbolo sagrado dessa memória, segundo o presidente russo. “Para muitas pessoas, ele [o soldado desconhecido] é o [ente] próximo e querido, o avô, o bisavô, o amado, aqueles que morreram no campo de batalha, morreram de frio, fome e feridas”, enfatizou Putin.

Veteranos russos da 2ª Guerra Mundial, oficiais, cadetes e estudantes de escolas militares participaram do evento junto com o líder russo. Uma guarda de honra marchou em frente ao monumento para marcar o fim da cerimônia solene.

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